Mexilhões continuam contaminados pela maré vermelha
Após dois resultados negativos sobre a contaminação das algas da maré vermelha, a venda de ostras foi liberada na Ponta do Papagaio, no município de Palhoça. O local era o único na Grande Florianópolis que continuava com o comércio do molusco suspenso.
Uma portaria emitida, nesta terça, pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), órgão do Governo Federal, oficializou a liberação. Com a definição, Bombinhas é agora o único local com a venda de ostras proibida.
O comércio de mexilhões, porém, segue suspenso em toda região que se estende da Baía Sul da Capital até Bombinhas, com exceção do norte de Governador Celso Ramos.
A concentração das algas da maré vermelha não se alterou significativamente nos últimos dias, e as entidades responsáveis continuarão fazendo exames diariamente, como informa o chefe do Centro de Desenvolvimento em Aqüicultura e Pesca, Francisco Manoel Neto, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (Epagri-SC).
Os mexilhões são mais vulneráveis à contaminação devido a sua baixa seletividade na alimentação, filtrando mais facilmente algas tóxicas como as da maré vermelha. As ostras, por sua alimentação mais seletiva, são mais imunes à intoxicação.
O fenômeno da maré vermelha foi detectado nos mexilhões no dia 5 de abril, na Baía Sul de Florianópolis, espalhando-se para o norte nos dias seguintes até chegar a Bombinhas. Até o momento não houve liberação em nenhuma área. Nas ostras, a contaminação foi identificada no dia 8, mas durou menos de uma semana na maior parte da região atingida.
(A Notícia, 22/04/2008)