Foi numa área sem infra-estrutura adequada que, há 16 anos, começou a Nova Santa Marta. Mas, apesar do tempo, a realidade das seis vilas que hoje formam a área deve mudar. O primeiro sinal disso foi há pouco mais de duas semanas, quando as obras do PAC começaram no local. Serviram para deixar a dona-de-casa Elisabete Nunes dos Anjos cheia de esperança.
- Para mim, tudo vai melhorar. Eu quero ver eles fazendo o esgoto para a gente não precisar mais caminhar no meio disso quando chove nem sentir o cheiro ruim quando dá dia de sol - comenta Elisabete, que mora há 14 anos no Alto da Boa Vista, uma das vilas da Nova Santa Marta.
Ver a questão do esgoto resolvida também é o maior desejo do pedreiro Valdir Oliveira dos Reis. Na frente da sua casa, na Rua 1, Quadra 1, do Alto da Boa Vista, corre um esgoto a céu aberto.
- Isso é um problema que incomoda muito. Com as obras, isso só pode melhorar - acredita Reis.
Para o conselheiro da Central de Movimentos Populares Leonel Pacheco Ernesto, que mora na Nova Santa Marta desde o início da ocupação, as obras do PAC representam um marco histórico para Santa Maria.
- Deixar de jogar o esgoto nas ruas é bom para a comunidade daqui e para a cidade. É uma questão ambiental que favorece a todos. Nossa comunidade sempre lutou por essas melhorias que agora chegaram.
A Nova Santa Marta é a região que mais receberá recursos do PAC. Serão aproximadamente R$ 42 milhões, para fazer obras em 36 quilômetros de rede de esgoto, seis quilômetros de pavimentação de vias urbanas e para construir 2,6 mil casas. Hoje, cerca de 5,6 famílias moram nas vilas da Nova Santa Marta.
(Por Fernanda Mallmann, Diário de Santa Maria, 23/04/2008)