Quando os arquitetos projetarem casas e edifícios no futuro, poderão trocar telhas de barro ou cerâmica por telhas solares. Janelas de madeira por janelas solares. E, em vez de pintar as paredes com cores claras, poderão usar esse líquido cinzento, a tinta solar.
A tecnologia já está pronta e pode chegar às nossas casas em pouquíssimo tempo. Por ser considerado importante para a economia e para a segurança dos Estados Unidos, o projeto recebeu financiamento dos departamentos de energia e de defesa do governo americano.
Químicos, físicos e engenheiros desta empresa da Califórnia desafiaram tudo o que se sabia até então sobre energia solar. Desenvolveram receptores ultrafinos e ultrapotentes. Fruto de uma ciência que usa partículas minúsculas e avança a passos gigantes: a nanotecnologia.
Parece contraditório, mas, atualmente, aproveitar a eletricidade que o sol nos dá de graça todos os dias, custa até três vezes mais do que produzir energia a partir de combustíveis fósseis, como o carvão ou os derivados do petróleo.
A nanotecnologia promete colocar o sol em pé de igualdade com essas outras fontes de energia que, além de terem estoque limitado, contribuem para o aquecimento do planeta. O projeto é transformar o sol em um enorme gerador de energia, instalado em cada uma de nossas casas.
Pelos cálculos de Brian Sager, em breve a energia solar vai ser tão barata quanto a nuclear. A proposta é, em cinco anos, dobrar a fatia solar na matriz energética mundial. Brian explica que, se tudo der certo, será preciso dar um novo visual às construções. "Quanto mais escura a cor da casa, mais energia ela vai absorver", ele explica.
Os arquitetos terão que ser criativos para desenhar edifícios escuros e bonitos, que serão também edifícios elétricos e econômicos refletindo um tempo em que energia não será mais sinônimo de destruição do planeta.
(Jornal Nacional, TV Globo, 22/04/2008)