Valter Lídio, diretor da Aracruz, informou nesta quarta-feira (16) ao meio dia, num encontro com jornalistas no restaurante Copacabana, em Porto Alegre, que a empresa vai colaborar com o governo estadual se ele levar adiante a proposta de implantação do Centro de Desenvolvimento de Biotecnologia.
A Aracruz já participa de consórcios de empresas que patrocinam empreendimento semelhante na Universidade de Toronto.
A Aracruz acha que com seus novos megainvestimentos (US$ 2,9 bilhões anunciados esta semana em Porto Alegre), mais o que vem aí pelas mãos da VCP e StoraEnso, todos na atividade de base florestal (floresta e celulose), forma-se um cluster natural no RS. “Satelizar tudo isto, atraindo experimentos científicos de ponta e indústrias, fazendo o cluster interagir com outros clusters afins, será o desafio do governo gaúcho”, explicou Valter Lídio.
Somente com as papeleiras, o RS receberá investimentos de US$ 6 bilhões no mínimo, o que corresponde a 5 GMs em valores da época em que a GM desembarcou no RS.
O principal efeito não estará apenas na geração de riqueza e de empregos (entre empregos diretos e indiretos poderão ser 150 mil na fase de implantação com operação), mas na formidável mudança de paradigma da economia da Metade Sul, a região mais pobre do Estado.
(Políbio Braga, 16/08/2008)