Cientistas de todo o mundo se encontram em Genebra para discutir sobre a grande quantidade de espécies de animais e plantas que se encontram de alguma forma ameaçadas. Os debates começaram na terça-feira (15/04) e vão até o próximo dia 24. O encontro reúne os comitês de flora e de fauna da convenção da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o Cites (Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres).
Muitas das espécies que serão analisadas estão no mercado internacional, apresentadas na forma de produtos alimentícios, remédios tradicionais, madeira, perfumes, lembranças para turistas e até animais de estimação. O comitê de flora examinará os progressos realizados quanto aos planos de ação para a conservação e uso sustentável das espécies de madeira, como o mogno, o cedro sul-americano e o pau-rosa.
Durante o encontro, o comitê de flora redigirá diretrizes para ajudar os países exportadores a determinar a sustentabilidade das exportações de madeira e produtos medicinais. Por último, examinará e prestará assessoria sobre as espécies de árvores e os produtos de madeira que deveriam ser controlados pela Cites.
Quanto à reunião do comitê de fauna, está previsto que as deliberações sobre a sustentabilidade do comércio internacional de tubarões e esturjões monopolizem grande parte da atenção. Os esturjões são peixes de água doce muito procurados. Suas ovas (vendidas como caviar) são um dos produtos de vida silvestre mais valiosos no comércio.
As preocupações sobre a pesca predatória da espécies levaram à sua inclusão nos apêndices da Cites no final da década de 1990 e, desde então, o comércio internacional de todos os produtos de esturjão está regulamentado. O comitê de fauna avaliará os métodos de supervisão utilizados para as reservas compartilhadas por vários países, como os do mar Cáspio. Outro ponto do programa será o exame do comércio de pequenos artigos de pele de crocodilo e a eficácia do sistema de "etiquetagem" universal.
(Efe, Folha Online, 17/04/2008)