O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, propôs nesta quarta-feira (16/04) que a indústria energética do país diminua as emissões de poluentes ao longo dos próximos 10 ou 15 anos. O objetivo é deter o crescimento das emissões de gases no país até 2025. Em discurso pronunciado nos jardins da Casa Branca, Bush apresentou uma estratégia para combater o aquecimento global, problema que, no começo de seu mandato, chegou a tratar com ceticismo.
"Achamos que precisamos proteger nosso meio ambiente. Achamos que precisamos fortalecer nossa segurança energética e precisamos que nossa economia cresça. A única maneira de conseguir isso é através de contínuos avanços na área tecnológica", afirmou o presidente norte-americano. Bush também se mostrou contra "cortes de emissões drásticos e repentinos", os quais, segundo ele, "não têm chances de serem alcançados" e, por outro lado, podem prejudicar a economia.
"O melhor caminho é fixar metas realistas para que as emissões sejam reduzidas de maneira consistente com os avanços tecnológicos e, ao mesmo tempo, aumentemos nossa segurança energética e garantamos o crescimento de nossa economia", declarou. O presidente falou ainda dos planos do Congresso, que em junho deve debater uma série de propostas ambientais sugerindo cortes obrigatórios nas emissões. "Uma legislação ruim imporia custos colossais à nossa economia e às famílias americanas, sem atender às grandes metas ambientais que compartilhamos", afirmou.
Compromisso
O chefe de Estado norte-americano também afirmou que a melhor maneira de combater a mudança climática é "garantir que as principais economias estejam comprometidas com a tomada de medidas e cooperar a favor de um acordo internacional sobre o clima que seja justo e efetivo". Em dezembro do ano passado, durante convenção das Nações Unidas sobre o clima em Bali (Indonésia), os EUA concordaram em negociar até o fim de 2009 um novo acordo que deve substituir o Protocolo de Kyoto.
(Efe, Folha, 17/04/2008)