Em Sena Madureira (142 quilômetros de Rio Branco), o processo de instalação da usina de beneficiamento de castanha está em ritmo acelerado.  O projeto, orçado em R$ 1,3 milhão, está sendo tocado 100% com recursos próprios pelo deputado estadual Mazinho Serafim (sem partido) e vai gerar em torno de 120 empregos diretos, além de garantir a compra de toda produção local.

A usina foi erguida estrategicamente numa área próxima ao Rio Iaco, bem na entrada da cidade, de forma que os carregamentos que chegarem à cidade por meio das embarcações serão puxados barranco acima por um carrinho sobre trilhos, conduzindo os sacos de castanha diretamente ao galpão.

"Nos preocupamos em adotar um sistema moderno, mais ágil e eficiente, que atenda as reais necessidades do produtor", revela Mazinho Serafim, acrescentando que o trilho tem capacidade para puxar até 40 sacos de castanha de uma única vez, sendo que cada um deles pesa em média entre 50 e 60 quilos.

Demonstrando amplo conhecimento no ramo e grande paixão pelo investimento, o parlamentar narra passo a passo o processo de industrialização da castanha nativa.

Segundo ele, do trilho que sobe o barranco, a castanha vai direto para a caixa de medição, tudo acompanhado pelos olhos atentos do produtor.

As próximas etapas serão a limpeza e seleção do produto.  Um grupo de 15 catadeiras terá a missão de lançar a castanha de boa qualidade num elevador, que as transportará direto para um outro barracão, onde serão lançadas dentro de um tambor com capacidade para 700 latas de castanha.

Antes de entrar no processo final de industrialização, a castanha vai sofrer um choque térmico, saindo de uma câmara de vapor direto para uma canalize de metal com água fria.

(A Tribuna, Amazonia.org, 16/04/2008)