A água que sai das torneiras e chuveiros preocupa os porto-alegrenses. Ela vai contra todos os princípios da química: tem cheiro e gosto e, em alguns casos, cor. O motivo foi o longo tempo de calor e estiagem, que, combinados, fizeram proliferar a produção de microorganismos e algas.
'O Guaíba estava com o nível 1 metro abaixo do normal para a época', explicou o superintendente de Operações do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Valdir Flores. Ele garantiu que a água é potável e não causa problemas à saúde. Além do carvão ativado em pó (que absorve microorganismos presentes na água captada do Guaíba e as substâncias produtoras de cheiro e sabor de terra) nas estações, o Dmae usa o coagulante primário (cloreto de poli alumínio), dióxido de cloro e peróxido de hidrogênio, que agem sobre moléculas causadoras do gosto de terra.
O dióxido de cloro está sendo usado nas estações da Tristeza, Moinhos e Lomba do Sabão. Até 2009, serão incluídos Belém Novo, Menino Deus e Ilha da Pintada. Os gastos com produtos químicos representam despesa adicional de R$ 6 milhões/ano.
(Correio do Povo, 16/04/2008)