Ao participar da cerimônia no Palácio Piratini, na manhã desta terça-feira (15/04), quando foi anunciada a ampliação da unidade da Aracruz em Guaíba, o deputado Edson Brum, líder partidário do PMDB na Assembléia, ressaltou que o novo empreendimento trará como conseqüência a reativação de portos e hidrovias, “algo muito importante para a economia gaúcha”. Serão favorecidos os municípios de Rio Pardo e Cachoeira do Sul, a partir do rio Jacuí.
Em Rio Pardo, serão alocados R$ 21 milhões, gerando 90 empregos diretos e mais 350 indiretos. Serão transportadas, pelo Jacuí, 10 mil toneladas de eucalipto ao dia”, ressaltou Edson Brum. O porto do município deverá estar funcionando a pleno até 2011. O porto de Cachoeira estará pronto em 2015. Igualmente, segundo o peemedebista, serão investidos R$ 130 milhões no porto de São José do Norte, possibilitando a atracagem de navios de grande porte, com capacidade pata transportar celulose para a Ásia. A indústria naval gaúcha será alavancada com a construção de novas barcas e navios.
O parlamentar comemorou este ponto, em especial. Edson Brum foi autor de emenda ao último orçamento estadual propondo mais recursos para a dragagem e sinalização das hidrovias, favorecendo o retorno da utilização destas vias para transporte de cargas. “Se isso não tivesse ocorrido, seria muito mais difícil, agora, agilizar os portos que favorecerão a ampliação da planta industrial da Aracruz”, analisou.
Quase duas GMs
No total, serão investidos US$ 2,8 bilhões de dólares, o equivalente a quase duas GMs. A Aracruz, empresa responsável 27% da produção mundial de celulose, aumentará sua produção de 450 para 1 milhão e 800 mil toneladas de celulose de eucalipto. Conforme Edson Brum, o presidente da Aracruz, Carlos Aguiar, e o diretor responsável pela empresa no Estado, Valter Lídio, fizeram a exposição de todo o projeto e registraram com bastante ênfase o bom ambiente político e social criado durante o governo Rigotto para investimentos – citando também o ex-secretário peemedebista Luís Roberto Ponte - até a coragem da governadora Yeda pelo anúncio.
De acordo com Edson Brum, trabalharão 7 mil operários na mão de obra da construção da nova unidade e, pela primeira vez na história, haverá participação de mão-de-obra feminina. São 50 mil empregos diretos em toda a cadeia produtiva. Também será construído no Rio Grande do Sul um centro de desenvolvimento biotecnologico, de bioenergia e biomassa pela Aracruz, em local ainda indefinido. Atualmente, a empresa possui 75 mil hectares plantados, devendo chegar a 164 mil hectares. Isso mobilizará laboratórios e viveiros, gerando emprego também nestes locais.
Serão 32 municípios beneficiados com os plantios. “Um dado bastante interessante é que tudo isso compreenderá menos que 2% de cobertura verde do Rio Grande do Sul. Assim, a influencia do eucalipto no geral será muito pequena. Importante frisar que haverá uma área protegida de mais de 90 mil hectares. “Essencial enfatizar que antes mesmo de entrar em funcionamento a nova unidade, antes mesmo que seja produzida uma única tonelada de celulose, a mobilização em torno do empreendimento gerará no Rio Grande do Sul 367 milhões de dólares de tributos, em impostos, resultante da compra dos equipamentos, do investimento da construção. São tributos federais, estaduais e municipais”, observou o líder partidário do PMDB.
(Por Celso Bender, Agência de Notícias AL-RS, 15/04/2008)