A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou ontem (15/4) que Porto Alegre não tem nenhum caso confirmado de dengue autóctone (contraída na cidade). Há um caso suspeito em análise no Laboratório Adolfo Lutz, de São Paulo. "Estamos em situação de alerta porque existe uma grande epidemia no Brasil, e muitas pessoas estão viajando", salientou a chefe da equipe de Doenças Transmissíveis, Maria de Fátima de Bem.

"Temos a presença do mosquito em Porto Alegre desde 2001 e, graças ao trabalho de prevenção e bloqueio, continuamos sem a circulação do vírus que provoca a dengue na cidade", explicou. De janeiro até o dia 11 de abril, foram investigados 141 casos, com 15 casos confirmados de fora do Estado, 36 em investigação e 88 descartados.

Suspeita
Na semana passada, a SMS recebeu notificação de emergência hospitalar de um caso suspeito de uma moradora do Bairro Aberta dos Morros, Zona Sul, que teve o resultado do exame feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) positivo. "Isso não significa que este é o primeiro caso de dengue na Capital. Já tivemos dois outros casos que deram falso positivo. Para definir a situação da paciente, é necessária a divulgação do resultado do Laboratório Adolfo Lutz, que conta com uma técnica mais específica para o vírus da dengue", afirmou Maria de Fátima.

A enfermeira tranqüiliza a população e ressalta que a Vigilância em Saúde tomou todas as medidas que devem ser feitas em casos de suspeita da doença. Além do Bairro Aberta dos Morros, agentes de saúde estiveram no Menino Deus, que é o local de trabalho da paciente, para orientação e levantamento de índice do Aedes aegypti. Em janeiro, o Menino Deus já apresentava índice de 2,8% de infestação. Por isso, a equipe de zoonoses da Vigilância em Saúde realiza uma ação de bloqueio contra o mosquito no local. O trabalho consiste na eliminação manual dos criadouros e na aplicação de inseticida para o mosquito adulto. No Aberta dos Morros, não foram encontradas larvas do mosquito.

Equipe reforçada
A prefeitura irá contratar novos agentes de saúde para o Programa de Prevenção à Dengue. A ampliação da equipe deverá ocorrer em dez ou 15 dias. Com a contratação emergencial, que terá duração de quatro meses, a Capital passará a atuar com o número ideal de profissionais, que é de 300 agentes.

(Prefeitura de Porto Alegre, 15/04/2008)