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eucalipto no pampa celulose e papel aracruz/vcp/fibria
2008-04-16

Começa em julho a obra do investimento de R$ 4,9 bilhões da Aracruz Celulose para a ampliação da Unidade Guaíba. A entrada em operação está prevista para 2010. Após reunião com a governadora Yeda Crusius nesta terça-feira (15/4), no Palácio Piratini, a direção da empresa anunciou a decisão.

"Se inicia hoje um novo ciclo de desenvolvimento no Rio Grande do Sul. Acabou a fase da Metade Sul como uma região problema. O empreendimento "é uma GM e meia", comparou Yeda. O diretor-presidente da empresa, Carlos Aguiar complementou: "É o maior investimento privado feito neste Estado em qualquer tempo".

A governadora destacou o momento como algo muito esperado. "É um momento que foi anunciado como possível na campanha eleitoral, mas através de ações que, dia após dia, este governo tomou a partir de todo o seu secretariado". Ela foi aplaudida ao afirmar à direção da Aracruz Celulose que "vale a pena" aprofundar raízes no Rio Grande do Sul, como faz o grupo industrial. Yeda saudou o bom resultado da construção da negociação do Governo com a Aracruz , mas atribuiu a decisão também às vocações do Estado em recursos naturais e capital humano.

Para a governadora, o investimento ajuda a moldar a confiança do RS no exterior. Yeda destacou a "nova realidade" no Estado, na Metade Sul. "É a hora do Rio Grande, hora do Brasil mudar seu padrão de desenvolvimento, começando pela cidade de Rio Grande, com o Pólo Naval, com as licenças ambientais e aqui com a Aracruz, Stora Enso e Votorantim". Além da licença ambiental, disse Yeda, "precisávamos da licença social, que pedimos a sociedade gaúcha, para trazer esse investimento que é uma e meia GM", assinalou, numa comparação com a montadora instalada em Gravataí.

Ao apresentar o investimento, o diretor de Operações da Aracruz, Walter Lídio Nunes, anunciou também a implantação de um Centro de Desenvolvimento de Biotecnologia na área de biorefinarias para o uso das biomassas de origem florestal do Rio Grande do Sul. O município que sediará esta unidade ainda não está definido, mas com ele, "o Estado poderá se integrar no movimento dos países desenvolvidos, que a governadora observou em Toronto, no Canadá".

Coragem
Conforme o diretor-presidente da Aracruz Celulose, Carlos Aguiar, desde a aquisição da Riocell, em Guaíba, há quatro anos e meio, já foram investidos mais de US$ 1 bilhão em pesquisas, florestas, viveiros e qualidade da fábrica. "Se não investíssemos, a unidade de Guaíba estaria fadada a desaparecer por não ser competitiva mundialmente", explicou.

Para Aguiar, a opção feita pelo RS de criar um arranjo produtivo de base florestal é a melhor alternativa econômica sustentável do Estado. Ele elogiou "a coragem da governadora Yeda e de seus colaboradores em enfrentar as dificuldades naturais em investimentos deste porte. Sem essa coragem, o país pára".

O investimento foi comunicado à Yeda por Aguiar. "Hoje aqui estamos na presença de Vossa Excelência para dizer que, depois de muito trabalho de parte dos nossos colaboradores, das empresas, das consultorias e especialmente da sua equipe de governo, nosso esforço é finalmente exitoso. Senhora governadora, após enviarmos fato relevante ao mercado hoje às 9h50min, comunicamos à senhora que o projeto de ampliação em Guaíba, no valor de US$ 2,8 bilhões, o maior investimento privado feito neste Estado em qualquer tempo, está finalmente confirmado pelos nossos acionisitas".

Mais empregos
Um vídeo foi rodado para detalhar o empreendimento. Responsável por 27% da produção mundial de celulose de fibra curta de eucaliptos, a Aracruz Celulose negociou com o Governo Yeda as condições para a expansão da sua unidade em Guaíba. A produção passará das atuais 450 mil toneladas para 1,8 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto/ano. Durante o pico das obras, em 2009, serão contratados 7 mil trabalhadores temporários. Cerca de 70% virão da Região Metropolitana. Numa parceria com o Governo do Estado, a empresa deverá treinar 10 mil trabalhadores em 40 modalidades.

Como novidade na fase das obras, será utilizada mão-de-obra feminina na construção civil. Deverão ser gerados, aproximadamente, 50 mil empregos diretos em toda a cadeia produtiva vinculada à expansão da Unidade Guaíba. Será utilizada matéria-prima produzida em mais de 30 municípios gaúchos. O fato exigirá um grande investimento em logística de transporte e, principalmente, da celulose processada em Guaíba. Na apresentação, houve o detalhamento do plano de investimentos em hidrovias.

Investimento em infra-estrutura
Em infra-estrutura, o investimento total será de R$ 320 milhões nos próximos três anos. Está prevista a duplicação do porto já existente em Guaíba e a construção de um terminal portuário no município de Rio Pardo, no rio Jacuí, junto à ponte da BR 471. Em São José do Norte, a Aracruz implantará um complexo marítimo. Haverá uma grande dinamização do transporte hidroviário com efeitos positivos na produção naval, além de ampliar a produção de celulose e de ativar as hidrovias há produção florestal.

Conforme a Aracruz Celulose, a base florestal – área de efetivo plantio no RS - para a expansão da Unidade Guaíba passará dos atuais 75 mil hectares para 164,5 mil hectares de eucaliptos, além de 90 mil hectares de reservas nativas destinadas à preservação permanente e reserva legal. Apenas na área florestal, estão programados R$ 1,1 bilhão, do total investido, em aquisição de terras, infra-estrutura e silvicultura – 40% do investimento já foi realizado – em programas de fomento e parceria com produtores em mais de 30 municípios.

Efeitos sobre a arrecadação
Em compras de serviços, equipamentos e contratação de serviços de fornecedores locais, o investimento de ampliação da Unidade Guaíba projeta uma contratação de US$ 350 milhões. Já a arrecadação dos mais variados impostos deverá somar um valor em torno de US$ 367 milhões na etapa de implantação do projeto. Na fase de operações, a Aracruz estima US$ 136 milhões – destes US$ 41 milhões serão tributos para o Estado e municípios. Ao comércio da região, a empresa calculou uma movimentação de US$ 140 milhões.

O BNDES irá financiar 60% do valor total do investimento e 40% virão da empresa, conforme o diretor Walter Lídio Nunes. Não há qualquer contrapartida do Estado no empreendimento, informou a governadora Yeda. Mais de 300 pessoas compareceram ao Palácio Piratini para o anúncio do investimento da Aracruz Celulose. Estiveram o vice-governador, Paulo Feijó, secretários do governo, empresários, prefeitos, e pela Aracruz, o conselheiro de administração e filho do fundador da Aracruz, Haakon Lorentzen, o diretor financeiro, Isac Zagury, o diretor comercial, João Felipe Carsalade, o presidente do Conselho de Administração, Carlos Alberto Vieira, e o conselheiro Luiz Aranha Corrêa do Lago.

(Governo do Estado, 15/04/2008)


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