Além de alterar o perfil econômico da Metade Sul do Rio Grande do Sul, novos empreendimentos da indústria de celulose podem, nos próximos anos, alavancar a participação do mercado gaúcho no volume de exportações brasileiras do produto.
Segundo a economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Maria D. Benetti, se confirmados todos os investimentos já anunciados na região somente por três grandes companhias (Aracruz, Votorantim Celulose e Papel -VCP- e Stora Enso), o percentual da produção aumentará expressivamente. 'Atualmente, 5% da exportação de pasta de celulose é do RS. Com apenas os três empreendimentos, o Estado passaria a responder por 55%. O destino será exportar pasta química de madeira', projetou a especialista, na manhã de ontem (14/4), durante a apresentação da Carta de Conjuntura da FEE deste mês.
De acordo com o estudo, desde 1990 o Brasil aparece nas cinco primeiras posições do ranking dos maiores exportadores mundiais de polpa de madeira para produção de papel. 'É hoje o quinto setor que garante saltos na balança comercial brasileira', ressaltou Maria Benetti. Ela destacou que o ingresso forte da China no mercado internacional como compradora foi um fator propulsor das vendas externas nacionais.
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Correio do Povo, 15/04/2008)