Os grandes arrozeiros do agronegócio, invasores da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, estão anunciando que buscaram "apoio" de ex-militares da Venezuela, certamente também envolvidos no golpe de 11 de abril de 2002, para suas "ações de resistência" contra a Operação Upatakon 3, da Polícia Federal, que visa a retirada dos invasores daquela terra indígena.
Afirmam-se em declarações na mídia como "representantes maiores do agronegócio, traídos pelo governo Lula". Afirmam também que estão tendo "treinamento para a resistência" com esses ex-militares venezuelanos.
Esses "fazendeiros" não passam de fascistas, golpistas, sequestradores de indígenas e missionários, assassinos de indígenas.
Em 2005, organizaram um grupo de jagunços no mesmo estilo do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) – ativo durante a ditadura militar –, que atacou uma escola católica, dentro da área indígena, da Missão Consolata, em parceria com o Conselho Indígena de Roraima (CIR), de formação técnica para indígenas.
O bando armado e encapuzado espancou alunos e professores, destruiu computadores, destruiu o prédio, pôs fogo em carros, destruiu pontes. Um emissário do governo federal, veio de Brasília para inspecionar o local, e foi impedido de ir na escola, pelo mesmo grupo armado, e tal era a força bélica deles, que os 20 policiais federais que acompanhavam o emissário César Alvarez, não se atreveram a entrar, por falta de segurança.
Eles têm indígenas da Guiana e da Venezuela trabalhando nas suas fazendas, em situação de escravidão e impedidos que cobrar qualquer direito, pois são considerados estrangeiros.
Esses "fazendeiros" estão aliciando o lumpesinato de Boa Vista, prometendo bom pagamento, para fazer ações violentas no interior e na capital e ganhar as manchetes do Jornal Nacional e dos grandes jornais do centro do país, querem criar uma situação de "distúrbio social' e ganhar votos para suas ações, para suspensão da operação da PF, que correm no STF.
Paulo Cesar Quartiero, seu maior líder, é um fascista assumido e era ligado e ajudante de Moisés Lipnick, deputado federal por Roraima já morto, que saiu de São Paulo e foi para Roraima, e lá criou a Rádio Equatorial, de extrema-direita.
Moisés Lipnick foi do CCC, Comando de Caça aos Comunistas, e um dos que criou o "Caso Lubeca", com o Ronaldo Caiado, em 1989, na eleição presidencial.
Ou seja, a turma de fazendeiros- arrozeiros de Roraima são na verdade um núcleo de reorganização da extrema-direita, que se instalou naquele território indigena, distante, na fronteira, usando uma fachada de "nacionalistas", e muito violentos.
(Agência Brasil de Fato,
Amazonia.org, 14/04/2008)