Organizadores e voluntários estiveram reunidos na manhã de ontem
Resultados da ação realizada no dia 29 foram apresentados na manhã de ontem. Organizadores comeraram os saldos positivos
Lajeado - Os resultados obtidos na segunda edição do projeto Viva o Taquari Vivo foram apresentados na manhã de ontem (10/4) pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Parceiros Voluntários e Univates. O mutirão de limpeza contou com a colaboração de 180 voluntários de 34 empresas e organizações da região dia 29. Quase 1,3 tonelada de resíduos foi recolhida entre a foz dos arroios Boa Vista e Estrela, em uma área de 4,5 quilômetros. A meta dos promotores era repetir o sucesso da primeira mobilização, quando foi retirada 1,1 tonelada das margens do Rio Taquari, em 9 de junho de 2007.
Segundo a bióloga da Univates, Cátia Viviane Gonçalves, apesar dos efeitos positivos, seria melhor se não fosse preciso realizar iniciativas como essa. "Os números do recolhimento cresceram neste ano. Entretanto, isso significa que passados apenas 295 dias, houve um aumento na poluição", enfatiza a profissional. A ação durou cerca de quatro horas e envolveu atividades como coleta, separação e classificação do lixo em grandes grupos, como metais, plásticos e vidros. "Nesta edição criamos a categoria rejeitos, que representam os materiais em decomposição", conta. Depois, o montante foi encaminhado às usinas de triagem das prefeituras de Estrela e Lajeado.
Foram 880 quilos coletados em Lajeado e 401 quilos em Estrela. De acordo com o Programa Interno de Separação de Resíduos da Univates, cerca de 517 quilos, ou seja, 40% do total, eram derivados de material plástico. "O plástico novamente foi o mais gritante, mas ele possibilita a reciclagem", explica Cátia. Ainda em Estrela foram encontrados 509 quilos de metais e pneus de caminhões, diferente da edição anterior. Apesar de expressivo, o número não foi contabilizado por ter sido retirado de um área, definida pela comissão organizadora, de influência indireta do Rio Taquari.
Voluntários
A mobilização priorizou a segurança dos voluntários que atuaram dentro e fora das águas do rio. Nas margens, eles usaram luvas grossas distribuídas pela organização, calças adequadas e calçados antiderrapantes. Dentro das embarcações o colete salva-vidas era obrigatório. O auxiliar de manutenção da Docile Alimentos, Valdir Bonnes, se integrou ao movimento e definiu a atividade como uma batalha. "A nossa missão era salvar o planeta Terra, ou melhor, uma milionésima parte dele", afirma. "Valeu a pena participar. Foi muita adrenalina, ação, comédia e aventura, e o mais importante, a sensação boa de ter feito alguma coisa em prol da natureza, que agradece a todos nós", acrescenta.
Na manhã de ontem (10/4), o presidente da Acil, Otto Blaas Filho, demonstrou gratidão às empresas mantenedoras. "Agradecemos àquelas que nos apóiam, mas precisamos de mais parcerias, para mudar para melhor", disse o dirigente. Algumas mudanças já estão programadas, como o uso de uma lona plástica para fazer a separação dos resíduos, de tonéis plásticos para o armazenamento seguro de vidros e de embalagens especiais para o descarte final de materiais perigosos. Os presentes também expuseram sugestões para os organizadores.
(Por Mariana Mallmann, O Informativo do Vale, 11/04/2008)