A ilha de Madagascar, que abriga 2% da biodiversidade mundial e uma grande quantidade de espécies únicas do planeta, foi alvo de um ambicioso estudo internacional divulgado nesta quinta-feira para preservação. Uma equipe de 22 pesquisadores elaborou um programa detalhado de preservação das mais de 2.300 espécies animais e vegetais divididas por toda a ilha, com área de 589.269 km2.
O catálogo inclui dados sobre múltiplas espécies de formigas, mariposas, rãs, lagartos, lêmures e plantas. Os cientistas elaboraram um mapa das áreas consideradas mais importantes e que deveriam, segundo eles, ser levadas em consideração na ampliação da atual reserva natural.
Essas zonas recobrem regiões em que a cobertura florestal é pouco densa, como o litoral, mas onde se encontra uma importante biodiversidade. O governo de Madagascar vai se basear nos resultados deste projeto e suas recomendações para triplicar a superfície atualmente protegida.
"Esse estudo é um modelo que irá ajudar Madagascar a alcançar seus ambiciosos objetivos de preservação da biodiversidade", afirma Steven Sanderson, presidente da "Wildlife Conservation Society", importante organização privada de defesa da natureza.
"Combinando grande volume de dados graças aos programas de computados mais avançados, conseguimos identificar as prioridades de preservação com um alto grau de precisão em enormes superfícies", explicou Alison Cameron da Universidade da Califórnia em Berkeley, um dos co-autores do trabalho que será publicado na revista "Science".
(France Presse, Folha Online, 10/04/2008)