Construção de 66 casas irão beneficiar moradores da rua TT da vila Comtel
Canoas - Viver em um ambiente com rede de esgoto, ruas pavimentadas, água encanada e energia elétrica é o sonho de muitas famílias canoenses. O problema é que apenas centenas delas, de um universo de 20 mil, poderão usufruir da regularização das áreas onde moram. É o caso de Adriana Maria Benz, 28 anos, o marido e os três filhos de 10, 6 e 3 anos. A família tem garantido um espaço no Loteamento 103 Hectares, no bairro Guajuviras.
O projeto conta com recursos do Ministério das Cidades e do Município e o investimento gira em torno de R$ 12 milhões. Ainda não há previsão da conclusão das obras de infra-estrutura e construção das casas e sobrados, mas 372 famílias da invasão Nancy Pansera, por exemplo, já estão assentadas no lugar. Essas pessoas fazem parte do Macro Quarteirão 1 (MG) - as obras são feitas por quarteirões, de acordo com a necessidade de cada área.
A papeleira Rita Prado, 30, é uma das pessoas que estão com luz elétrica dentro de casa. Morando com os três filhos, de 14, 11 e 9 anos, em uma residência na MG 1, ela festeja a novidade - assegurada há cerca de dois meses -, mas ainda espera outras mudanças. “Quero água encanada. A água do caminhão-pipa traz riscos à saúde dos meus filhos”, diz. A responsável do Município pela parte técnica dos 103 Hectares, engenheira Heloísa Helena da Silva, acredita que até o meio deste ano o desejo de Rita seja atendido. “Depende de nós (Prefeitura). Temos que concluir o projeto para entregar à Corsan (concessionária da água) e vamos fazer uma força-tarefa para isso.”
No Macro Quarteirão 2 está prevista a construção de 66 casas. No local serão assentadas as famílias que hoje moram na rua TT da vila Comtel. No lugar, em terraplenagem, há uma grande placa avisando que a obra conta com recursos do governo federal, no valor de R$ 1.993.042,08. Próximo, ainda resistem três casas, na verdade pequenos comércios como o ferro-velho onde trabalha Tânia Mara Oliveira Pitan Ramires, 40. “Pelo que a gente sabe, aqui é uma área destinada aos comerciantes”, fala. E Tânia não está errada, afinal o projeto do loteamento prevê a instalação de escolas, unidades básicas de saúde, postos das polícias Civil e Militar, estabelecimentos comerciais e de serviços.
Também já está terraplenada a Macro Região 4, onde serão construídas 426 casas e sobrados para abrigar os moradores que atualmente vivem em toda a extensão da Estrada da Nazário, dentro da Fazenda Guajuviras. As famílias precisam deixar o espaço para a instalação do Distrito Industrial. “Lá serão reassentadas ainda as famílias que estão nos leitos viários”, avisa Heloísa.
(Por Daiane Poitevin, Diário de Canoas, 09/04/2008)