Tão logo leu a notícia a seguir, a secretaria da Fazenda mandou avisar o editor que é questão de horas o atendimento das reivindicações da indústria gaúcha de biodiesel. Ainda nesta quinta-feira (10/4) a governadora Yeda Crusius poderá assinar o decreto que concede os créditos presumidos sobre o ICMS, que restabelecerão o poder competitivo das empresas locais, estabelecendo isonomia com vantagens iguais concedidas por outros Estados para o mesmo caso.
A novíssima indústria gaúcha de biodiesel ameaça fechar as portas e ir embora do RS. As fábricas já pararam a produção. Caso o governo gaúcho não equalize rapidamente suas condições tributárias em relação ao biodiesel produzido nos outros Estados, as fábricas atuais de biodiesel irão para fora do RS. São sete as usinas de biodiesel gaúchas já instaladas ou a se instalarem. As que já estão instaladas: Oleoplan, Veranópolis, a primeira do RS; Brasil Ecodiesel, Rosário, a maior do RS e segunda maior do Brasil; BSBios, Passo Fundo; Granol, Cachoeira do Sul. A Caixa RS, que pilota as ações do governo gaúcho na área, espera por muito mais.
As que vão se instalar: Biotec, Nova Santa Rita; Cooperbio, Frederico Westphalen; Tejedor, Cruz Alta
O impasse atual relaciona-se com o crédito presumido do ICMS.
A falta de isonomia em relação aos outros Estados, fez com que Granol, Oleoplan, BSbios e Brasil Ecodiesel não participassem do último leilão de venda de biodiesel para a Petrobrás.
O RS é o maior produtor brasileiro de biodiesel. A fábrica da Granol, de Cachoeira, é a mais moderna do mundo. O RS tem capacidade instalada para produzir 400 milhões de litros de biodiesel por ano, mas a produção está virtualmente paralisada por causa do impasse.
Com a adição de 3% de biodiesel ao diesel, a partir de julho, o consumo brasileiro irá a 1,2 bilhão de litros, sendo 120 milhões no RS. O Brasil consome 40 bilhões de litros de diesel (4 bilhões no RS).
(Políbio Braga, 09/04/2008)