A ONG Liga Ambiental solicitou ao Ministério Público do Paraná a abertura de investigação civil, administrativa e criminal relativa ao licenciamento da hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi. Para a ONG, a autorização para as obras da usina, concedida em março pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), foi um “ato ilícito”. A organização afirma que o presidente do IAP, Victor Hugo Burko, ignorou pareceres da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de funcionários do próprio IAP. Os documentos apontavam a necessidade de novas audiências públicas e de aprofundamento nos estudos de impacto antes da concessão de licença de instalação.
Ontem à tarde, Burko disse que ainda não havia lido o requerimento da Liga Ambiental. Mas afirmou que a ONG “não tem capacitação técnica nem legal para se achar dona da verdade” e que “o IAP tem história, técnicos qualificados e analisa tudo com muito critério.” Na semana passada, a Liga Ambiental protocolou uma representação no Tribunal de Contas do Estado, questionando a viabilidade econômica de Mauá.
(Gazeta do Povo, FGV, 09/04/2008)