Problema da falta de água deverá continuar enquanto a batalha na Justiça não chegar ao fim
Enquanto a batalha judicial entre a Prefeitura de Cachoeira do Sul e a Corsan não chega ao fim, a estatal avalia a possibilidade de evitar a interrupção do abastecimento de água à população cachoeirense com a instalação de geradores, mas não anuncia nem promete comprá-los. O presidente da estatal, Mário Freitas, lembra que na última reunião com o prefeito Marlon Santos ele garantiu que poderiam ser comprados os geradores se fosse este o principal problema, mas se isto fosse acabar com a briga e levasse a Prefeitura à assinatura do contrato.
Realmente, Freitas havia prometido que poderia estudar a compra dos geradores. Ele até determinou estudos pelos técnicos da Corsan para acabar com o problema das faltas crônicas de água toda vez que há interrupção do fornecimento de luz, mas esses estudos foram feitos apenas para apresentar soluções para a crise do abastecimento de água na audiência marcada para o próximo dia 16 de abril com o Ministério Público de Cachoeira do Sul.
Crise
O presidente diz que a solução para as crises do abastecimento não passa somente pela instalação de geradores - que teriam de ser três, um na captação, outro na estação de tratamento de água e um no bombeador que fica no centro da cidade. “Outra possibilidade seria o aumento na capacidade de reservação”, disse Freitas, sem explicar, no entanto, por que a Corsan não instalou ainda dois reservatórios já licitados para Cachoeira do Sul nem providenciou a compra dos geradores para um problema de mais de duas décadas na cidade.
(Por Vinícius Severo, Jornal do Povo, 09/04/2008)