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chuvas e inundações
2008-04-09

As chuvas que atingem o Nordeste do país já afetam mais de 390 mil pessoas, segundo a Defesa Civil nacional, e causam prejuízos econômicos.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, onde há 124 mil afetados, os estragos no Vale do Açu, oeste do Estado, prejudicam as produções de banana, camarão e sal, fundamentais para a economia potiguar.

Segundo o vice-governador, Iberê de Souza (PSB), há risco de 6.000 trabalhadores perderem o emprego no Estado. Somente no setor do camarão foram inundados 1.550 hectares de viveiros, com perdas de 1.440 toneladas do crustáceo, de acordo com a ABCC (Associação Brasileira de Criadores de Camarão).

As chuvas no Estado também causaram a interdição judicial de um presídio de regime semi-aberto em Caicó (304 km de Natal). Para evitar acidentes, 60 detentos vão dormir em casa até a reforma do local.

Na Paraíba, onde há 26 mortos e 18,5 mil afetados pelos temporais, a agricultura também sofre. "As lavouras no oeste do Estado estão irreversivelmente prejudicadas", afirmou o diretor técnico da Emater-PB (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba), Francisco Elias. Ainda não há estimativa dos estragos, mas hortaliças e frutas já estão mais caras nos supermercados.

Mutirão

Para ajudar os desabrigados de Sousa (445 km de João Pessoa), a cidade mais atingida pelas chuvas na Paraíba, a dona de uma escola suspendeu aulas e mobilizou alunos, pais, professores, funcionários e comerciantes para servir refeições em 20 abrigos da cidade, onde há cerca de 2.000 pessoas.

O trabalho chegou a contar com 60 voluntários da escola. Hoje são 45, que servem marmitas a mais de 80 soldados do Exército que atuam no auxílio às vítimas. São entre dez e 15 pessoas cozinhando todos os dias, das 5h às 20h, disse a dona da escola, Geny Ferreira.

Abrigos com goteiras

No Piauí, famílias desabrigadas em Teresina estão vivendo em abrigos com goteiras. Em dois alojamentos visitados ontem pela Folha, havia falta de telhas, improvisos com plásticos no teto e infiltrações nas paredes.

"A gente sai da água, mas ela nos persegue", disse a vendedora Maria Nazaré Santos, 58, recolhendo baldes que colocou para conter a água. Retirada da zona norte da cidade, ela está em abrigo improvisado no Clube dos Pescadores há cinco dias, com quatro filhos.

Na sede do Centro Cooperativo dos Oleiros, a desempregada Luciana Ribeiro, 24, enfrentava o mesmo problema. "O buraco no telhado já molhou meu colchão. Estou dormindo nele molhado." No abrigo, ela dividia um minúsculo quarto com duas filhas, em que a divisória são lençóis transparentes.

O coordenador municipal da Defesa Civil, major John Feitosa, informou que equipes da prefeitura passaram pelos dois abrigos visitados pela reportagem, mas que as famílias não reclamaram das goteiras. "Vamos providenciar que equipes retornem ao local e resolvam os problemas", afirmou.

Segundo o meteorologista Mainar Medeiros, da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, na primeira semana de abril choveu 49% do esperado para o mês em Teresina.

Maranhão e Ceará

No Maranhão, a Defesa Civil estadual confirmou ontem a morte de uma pessoa em Imperatriz (637 km de São Luís) em razão das fortes chuvas. Com isso, subiu para quatro o número de mortos no Estado. Duas pessoas estão desaparecidas.

As chuvas no interior do Ceará assustam moradores que vivem próximos a reservatórios, pelo medo de que o excesso de água cause uma tragédia.

Para evitar que um açude ainda não concluído se rompa pela força das águas em Santana do Acaraú (228 km de Fortaleza), o governo estadual estuda quebrar parte de sua parede para controlar a vazão. O município está em situação de emergência pelo aumento do nível do rio Acaraú.

(Folha Online, 08/04/2008)


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