O Banco Mundial decidiu financiar a construção de uma usina termelétrica a carvão de US$ 4,2 bilhões na Índia, apesar de um pedido de ambientalistas para que adiasse a decisão até que mais análises de custo e impacto ambiental fossem feitas. A IFC (Corporação Internacional de Finanças) vai emprestar US$ 450 milhões para o projeto Tata Mundra, no Estado de Gujarat.
Numa carta ao banco, seis ONGs disseram que a instituição não pode querer combater a mudança climática e ao mesmo tempo financiar projetos poluidores. Com potencial de 4.000 megawatts, a nova usina deve emitir 27 milhões de toneladas de gás carbônico por ano.
A IFC, braço do banco encarregado da iniciativa privada, disse que sua proposta de emprestar dinheiro ao projeto foi uma resposta à necessidade da Índia de energia mais barata (160 mil megawatts na próxima década).
O banco diz que a usina usará uma nova tecnologia, que corta as emissões de gás carbônico (o principal gás de efeito estufa) em 40% em relação a outras usinas.
O diretor de Infra-Estrutura da IFC, Rashed Kaldany, disse que o banco olhou para alternativas ao carvão, como a energia eólica -que significaria um investimento de US$ 24 bilhões para gerar a mesma energia.
(Folha de São Paulo, 09/04/2008)