Depois de apontar falhas no processo de implantação do modelo de rastreamento do gado e de suspender por algumas semanas as importações de carne bovina in natura fornecida pelo Brasil, o diretor de Saúde e Bem-Estar Animal da União Européia (UE), Bernard van Goethem, sinalizou que o bloco pode rediscutir no futuro as regras de rastreabilidade exigidas do Brasil.
Sem citar quais seriam as alternativas, ele deixou claro, no entanto, que os países do bloco não abrem mão dos respectivos prazos de 40 e 90 dias para permanência dos animais na área habilitada e na última propriedade antes do abate. A permanência, disse ele, garante a segurança alimentar da carne, condição para venda de alimentos para os países da UE.
A idéia de um modelo de rastreabilidade mais flexível tem sido defendida pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Na segunda-feira (8), após reunir-se com o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, van Goethem mostrou-se surpreso com os questionamentos dos jornalistas sobre a mudança desejada por Stephanes.
(O Estado de São Paulo, Ambiente Brasil, 09/04/2008)