Depois de vários anos de promessas e muito marketing, a empresa mPhase finalmente apresentou sua nanobateria, que promete revolucionar a forma de armazenamento de energia. Mais importante, a empresa deu alguns detalhes sobre o seu funcionamento.
Controle eletrônico de líquidos
A nanobateria explora o fenômeno conhecido como electrowetting, ou eletroumectação - a capacidade de controlar eletronicamente como os líquidos interagem com superfícies sólidas e porosas.
Normalmente a água ou outro líquido orgânico irá formar uma gota quando for depositada sobre uma superfície porosa hidrofóbica. Por meio da eletroumectação, é possível fazê-lo "desmanchar-se" sobre a superfície, ocupando seus minúsculos poros, tudo com o simples envio de um comando eletrônico.
Outros pesquisadores estão explorando o mesmo fenômeno para a criação de transistores de estado líquido e papéis eletrônicos capazes de mostrar filmes.
Energia sob demanda
Utilizando o fenômeno da eletroumectação, torna-se possível controlar quando o eletrólito começará a reagir - isso significa baterias que poderão ficar estocadas por anos, sem se descarregar. Quando elas forem necessárias, um comando elétrico faz com que o eletrólito passe pela membrana porosa de silício e só então comece a gerar energia.
Por ser minúscula e poder ser fabricada em quantas células forem necessárias, a nanobateria pode ser integrada diretamente aos chips e pode gerar a energia na quantidade que for necessária no momento, bastando que apenas algumas células sejam ativadas. Ela também pode ser fabricada em qualquer formato e é recarregável.
Nanobateria de lítio
O modelo da nanobateria que deverá chegar agora ao mercado é baseado na química tradicional das baterias alcalinas, que funciona à base de zinco e manganês.
Segundo a mPhase, a utilização dos compostos de lítio está em desenvolvimento, sendo totalmente compatíveis com sua arquitetura.
(Inovação Tecnológica, 07/04/2008)