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corsan abastecimento de água uso racional da água
2008-04-08

Zona Oeste será a primeira beneficiada, mas modernização deve atingir o resto da cidade

Um verdadeiro emaranhado de canos que se estende por 700 quilômetros de uma ponta a outra da cidade. Esta é uma das partes mais importantes do sistema de abastecimento de água de Santa Maria. É dentro desses tubos que o líquido chega à casa de cada um dos consumidores. De toda essa rede, cerca de 146 quilômetros ficam na Zona Oeste. É a parte mais problemática devido à pressão, aos canos quebrados e aos vazamentos que não são fáceis de ver. O resultado não podia ser outro: é lá que mais falta água. Mas um projeto da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) promete mudar essa situação.

Em 2005, Santa Maria foi uma das 10 cidades do país selecionadas para o Programa Com Mais Água, do Ministério das Cidades, com um projeto da Corsan voltado para resolver o problema da falta de água na Zona Oeste. No ano passado, os investimentos começaram a ser feitos. Até o fim do ano, o governo federal vai investir R$ 1,5 milhão para que sejam comprados sensores, computadores, canos, válvulas e outros materiais necessários para modernizar a rede de distribuição. O Com Mais Água propõe que as companhias selecionadas para participar do projeto incentivem os consumidores a parar de desperdiçar água.

No ano passado, a Zona Oeste passou por um pente-fino da Corsan em busca de "gatos" e desperdício de água. Funcionários da companhia visitaram 15 mil casas e encontraram 260 vazamentos "invisíveis" (aqueles debaixo da terra). A média era de um vazamento a cada 1,5 quilômetro. A estimativa é de que o gasto da região, de aproximadamente 500 milhões de litros por mês, possa ser reduzido pela metade.

Mas isso ainda é pouco para resolver de forma definitiva o problema da falta de água naquela região. É por isso que o plano da Corsan inclui outras mudanças. Uma das maiores envolve a criação de um Centro de Controle Operacional, onde haverá computadores em comunicação com sensores que vão alertar sobre a pressão nos canos (para que eles não estourem), falta de água e vazamentos.

Pressão
A curto prazo, uma das novidades é a mudança nas válvulas que controlam a pressão. A da Zona Oeste foi instalada há 12 anos será substituída. O novo modelo, que já está comprado e deve chegar a Santa Maria em alguns dias, terá um temporizador mais eficiente e poderá ser programado para liberar mais água durante o dia, quando o consumo é maior, e economizar durante a noite, quando ele cai.

Segundo o engenheiro Ivo Bertoldo, coordenador da Unidade de Gerenciamento Básico de Manutenção de Redes, as mudanças não vão livrar a cidade para sempre da falta de água. Ele explica que problemas como canos estourados continuarão acontecendo. Porém, devem se tornar mais raros. Além disso, ficará mais rápido localizar o problema e fazer o conserto.

Para quem não mora na Zona Oeste, também há boa expectativa pela frente. Uma notícia que promete agradar é uma mudança que deve acontecer nos plantões telefônicos. Hoje, duas pessoas atendem cinco linhas diferentes, o que faz com que muita gente ligue e não seja atendida. Uma empresa está sendo escolhida para fornecer mais atendentes. A promessa da Corsan é que, até o fim do ano, além de água nas torneiras, os clientes sejam bem melhor atendidos mesmo quando o horário comercial tiver chegado ao fim.
 
O Pacote de novidades da Corsan para Santa Maria
Renovação dos cadastros

- Funcionários da Corsan percorrem os bairros da Zona Oeste de casa em casa, para verificar informações como o nome do dono da residência e se as que estão incluídas na tarifa social realmente são de baixa renda.
- Ao checar os dados, os funcionários verificam se há casas que estão com os famosos "gatos", ou seja, estão pegando água tratada sem pagar pelo serviço. Quando eles encontram alguém nessa situação, negociam para que o dono da casa se regularize e coloque o hidrômetro.
- Em alguns meses, uma empresa paulista vai começar uma pesquisa. Ela irá visitar os 80 mil pontos cadastrados junto à Corsan em Santa Maria, entrar em todas as casas, verificar as condições dos canos e se há vazamentos.

Troca de hidrômetros
- A vida útil de um hidrômetro é de oito anos. Na Zona Oeste, havia pessoas com aparelhos mais antigos, que já não funcionavam direito. Além disso, algumas casas não tinham hidrômetro, o que fazia com que não houvesse um instrumento de medida da água consumida (nesse caso, as pessoas pagavam uma taxa de R$ 40,38, na categoria normal, ou R$ 16,30, na tarifa social). Existiam ainda aparelhos adulterados para registrar um consumo menor do que o real.
- Essa fase do projeto deve terminar até o fim do mês. Serão trocados ao todo 5,5 mil hidrômetros da Zona Oeste.
- Quem mora em qualquer local da cidade e precisa trocar o hidrômetro, não paga nada pelo serviço. Basta ligar para (55) 3220-2200 ou 3220-4670
Cadastro georreferenciado.
- A Corsan comprou uma fotografia de satélite da cidade para poder gerar um mapa mais atualizado de todas as ruas, as tubulações e as casas. Com ele, será criada uma coordenada geográfica para cada ponto da cidade.
- Quando for preciso localizar um vazamento, por exemplo, será usado um GPS para encontrá-lo. Isso vai facilitar, principalmente, quando o vazamento for invisível, porque não será mais preciso abrir um grande buraco com a retroescavadeira. Será necessário apenas encontrar a coordenada do ponto do vazamento (que será anunciado por um sensor).
- A inovação vai custar R$ 200 mil e deve estar em funcionamento em 90 dias
Racionalização e uso eficiente da energia.
- Motores e outros equipamentos antigos começarão a ser substituídos porque estão gastando muita energia.
- As trocas ainda devem levar um ano para ser concluídas.

Mobilização social
- A companhia está fazendo palestra em escolas da Zona Oeste e pretende desenvolver outros tipos de projetos com a comunidade para conscientizar as pessoas de que elas precisam economizar água.

Varredura de Vazamentos
- Uma empresa especializada em localizar vazamentos subterrâneos (invisíveis) foi contratada pela Corsan. Ela usa uma espécie de scanner de alta resolução para encontrar pontos da rede de abastecimento que estão com problemas.
- O serviço deve entrar em execução em cerca de 15 dias.

Call Center
- Dentro de um ano, a Corsan deverá contar com um serviço de call center para atender os consumidores. Isso deve pôr fim a antiga reclamação de que em horários de plantão não se consegue contato com a companhia.
- Enquanto isso não acontece, será instalado um outro serviço. Quatro atendentes vão ficar disponíveis para atender os telefonemas em horário de plantão.
- A contratação da empresa que fornecerá os funcionários está em licitação.

Participantes
As cidades escolhidas pelo Ministério das Cidades para participar do projeto Com Mais Água foram Santo André, Sorocaba e Guaratinguetá, em São Paulo, Caxias do Sul e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Montes Claros, Ituiutuba e Viçosa, em Minas Gerais, Ilhéus, na Bahia, e São Bento do Sul, em Santa Catarina
Centro de Controle Operacional.
- A Corsan terá sensores em diferentes pontos da rede de abastecimento. Além dos reservatórios de água, nove locais onde há vazão do líquido e 25 locais ao longo dos canos terão os equipamentos.
- Com a novidade, será criado um Centro de Controle Operacional onde haverá computadores conectados à Internet. Os sensores vão transmitir dados para computadores. Assim, quando houver falta de água em algum local, a Corsan saberá automaticamente.
- Também será possível saber quanto de água está indo para cada área da cidade e se alguma delas está com pressão abaixo do normal, ou seja, se alguém corre risco de ficar com as torneiras secas.
- A implantação do projeto vai custar cerca de R$ 360 mil e já existe uma empresa contratada para instalar os sensores. O sistema deve começar a ser implantado em um mês.

(Por Marilice Daronco, Diário de Santa Maria, 08/04/2008)


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