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plantas medicinais
2008-04-08
As plantas medicinais fazem parte da cultura popular. Transcendendo gerações, avós, pais e filhos fazem receitas caseiras que prometem curar alguns males da saúde e promover melhorias estéticas.

Entre alguns exemplos dessa prática, o capim limão é usado para acalmar os nervos; a babosa, para nutrir os cabelos – entre várias outras propriedades cada vez mais divulgadas -; o alho atua na prevenção da gripe; o hortelã, nas afecções da garganta.

Há tempos, a Ciência vem se dedicando a descobrir o que pode ser de fato comprovado nesse conhecimento até então empírico.

Alguns desses projetos estão sendo desenvolvidos na Unesp (Universidade Estadual Paulista). Estudos aliados a pesquisas anteriores e às práticas da cultura popular, já concluíram que o óleo essencial de algumas plantas tem ação de inibir a ação de microorganismos.

Essa descoberta já auxilia o tratamento terapêutico de doenças infecciosas e, agora, o estudo da Unesp pesquisa o uso desses óleos essenciais como conservantes alimentícios. Se confirmada, essa descoberta pode substituir, por exemplo, o conservante utilizado na carne bovina, de uma forma menos nociva à saúde.

Durante estudos in vitro já foram testados guaco, capim cidreira, carqueja, cravo da índia, hortelã pimenta, gengibre, canela, alecrim, alho, folhas de goiabeira, orégano, tomilho, manjerona, manjericão, alecrim-do-campo, entre outras. Os resultados foram obtidos após avaliação da capacidade de inibição de cada extrato sobre os patógenos Escherichia coli, Salmonella Typhimurium, Staphylococcus aureus e Enterococcus sp.  

“O Brasil é generoso quanto ao potencial de uso de plantas medicinais. Já realizamos estudos com plantas de uso na medicina popular, sendo que, após determinação do potencial de inibir o crescimento de bactérias e leveduras (fungos), verificamos também a capacidade destas plantas potencializarem a ação de drogas antimicrobianas convencionais”, explica a AmbienteBrasil o professor Ary Fernandes Jr, do Departamento de Microbiologia e Imunologia/INBB/UNESP/Campus de Botucatu (SP), coordenador dos estudos.

Segundo ele, algumas plantas foram mais eficazes contra bactérias patogênicas isoladas de casos clínicos humanos e veterinários.

Aliado ao trabalho sobre a ação microbiana das plantas, o professor Ary coordena um trabalho sobre o sinergismo das plantas, isto é, a capacidade de a planta interagir com drogas antimicrobianas tradicionais. Estão em estudo in vitro o óleo essencial de alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia), mil folhas (Achillea millefolium) e pitanga (Eugenia uniflora).

O professor Ary explica que a idéia seria poder utilizar tais produtos juntamente com antimicrobianos de uso convencional. “Em linhas gerais, pretendemos valorizar ainda mais o uso de derivados vegetais no controle e tratamento de doenças infecciosas, mesmo que seja na forma de um produto coadjuvante utilizado durante a terapêutica com drogas convencionais.”

Esses estudos ainda estão em fase de testes in vitro, e precisam ser testados in vivo para um dia chegarem ao mercado. Porém, eles já podem auxiliar novas pesquisas sobre o tema.

“Em nossas pesquisas com plantas medicinais procuramos às vezes confirmar os relatos feitos pela população sobre usos de tais plantas.  Isto tem uma grande importância, uma vez que torna os conhecimentos mais organizados e sistemáticos, o que pode auxiliar e muito na ampliação dos usos de plantas medicinais pela população em geral”, coloca o professor Ary.

* Com informações da Assessoria de Comunicação e Imprensa do Instituto de Biociências.
(Por Neide Campos / AmbienteBrasil, 08/04/2008)


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