A convenção internacional que ajudou a salvar o Elefante e o Rinoceronte de serem extinguidos pelas mãos de caçadores furtivos, está a ser ignorada pela Agência de Pescas Japonesa, que continua a caça à baleia no Oceano Antárctico. Em 22 de Janeiro de 2008, a Greenpeace documentou com fotografias e vídeo, o transbordo de carne de baleia do navio fábrica japonês, Nissin Maru, para o cargueiro do Panamá Oriental Bluebird.
Segundo a Convenção do Comércio Internacional de espécies selvagens ameaçadas (CITES), o comércio internacional de animais e plantas mencionadas no apêndice 1 é proíbido. O Oriental Bluebird está ancorado na baia de Tóquio para descarregar carne de baleia anã, completando a transacção internacional que começou no Oceano Antárctico há dois meses atrás.
O apêndice 1 do CITES lista cerca de 900 espécies de animais e plantas e incluí as baleias de bossa, fin e anã. O Japão fez uma espécie de declaração de excepções para algumas espécies de baleias, o que o permite ignorar algumas restrições ao comercio de baleias anãs. No entanto, como o Panamá não fez nehuma declaração, não pode importar ou exportar baleias anãs. O transbordo da carne de baleia do Nissin Maru para o Oriental Bluebird e a descarga no porto japonês é ilegal ao abrigo das regras do CITES e da lei do Panamã.
"O programa de pesquisa de baleias do Japão é uma vergonha internacional", afirma o gestor do projecto das baleias da Greenpeace, Junichi Sato. "Existem actividades ilegais e desrespeito pela lei internacional; está a criar tensão nas relações com os nossos aliados no mundo e a prejudicar a reputação do Japão. É tempo do Japão parar a caça à baleia no Oceano Antárctico para sempre", Acrescenta. A Convenção do Comércio Internacional de espécies selvagens ameaçadas (CITES) foi criada em 1973 para proteger os animais e as plantas da sobre-exploração através do comércio internacional.
(Greenpeace, 06/04/2008)