O presidente da Organização para a Destruição de Armas Químicas (OPAQ), Rogelio Pfirter, lamentou o fato de alguns países do Oriente Médio ainda não terem aderido à convenção para a destruição de arsenais de armamentos deste tipo. Na segunda sessão especial para a revisão do documento, aberta hoje em Haia, a OPAQ pretende ressaltar "sua preocupação" com os países do Oriente Médio que, sob a justificativa de estarem preocupados com sua segurança, ainda não manifestaram a intenção de aderir ao tratado.
Segundo dados da organização, 12 Estados, entre os quais se encontram Egito, Iraque, Líbano e Síria, ainda não reconheceram a Convenção de Armas Químicas, assinada em Paris em 1993 e que entrou em vigor quatro anos depois. Durante seu discurso na abertura da conferência, que vai se estender até o dia 18, o presidente da OPAQ ressaltou as conquistas obtidas nos dez anos de existência do acordo, ao qual 183 países já aderiram.
Em uma década, mais de 35% das 70.000 toneladas de armas químicas declaradas por seis países-membros foram destruídas. A destruição do armamento restante deve acontecer até 2012, segundo dados divulgados pela OPAQ por ocasião da conferência aberta hoje. Além disso, a Rússia destruiu cerca de um quarto de seu arsenal declarado e expressou a vontade de ter se desfeito de 45% dele até 2009. Já os Estados Unidos destruíram metade das armas químicas que declararam ter, segundo os mesmos dados.
(Efe, UOL, 07/04/2008)