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contaminação com agrotóxicos
2008-04-07
O Banestes vai financiar R$ 663,88 mil para a compra de uma aeronave pela empresa Aeroverde Aviação Agrícola, localizada no distrito de Jacupemba, em Aracruz, norte do Estado, para pulverização com defensivos agrícolas de diversas culturas no Estado. O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) denuncia que não há legislação que legitime a atividade.

"É uma prática condenada por nós, pequenos agricultores. Ao lançar o veneno lá de cima, sobra pra todos. Para nossas plantações que não utilizam agrotóxico, nossas casas, as crianças que andam nas ruas e etc. São muitos os casos de pessoas que foram hospitalizadas, logo após a passagem do avião", ressaltou Valmir Noventa, do MPA.

A pulverização aérea tem sido motivo de inúmeras denúncias por parte de moradores de Jaguaré, Vila Valério, e distritos de Córrego da Barroquinha, Fátima e João Bosco, que sofreram nos últimos meses com a ação.

Na semana passada, o MPA denunciou a prática em Vila Valério, noroeste do Estado. Sem fiscalização, a pulverização aérea foi feita levando dezenas de pessoas para os hospitais da cidade, entre elas, a senhora Celina Souza Ramos, que foi contaminada e adoeceu. O Ministério Público Estadual (MPE) em Jaguaré foi acionada, mas até agora, nada de providências.

Em fevereiro último, foi a vez dos estudantes do córrego São Vicente, também no município de Vila Valério. Uma professora foi obrigada a retirar os alunos às pressas da escola, buscando abrigo em uma casa, para fugir dos venenos aplicados. O caso está atualmente na Promotoria de Ministério Público Estadual (MPE) de São Gabriel da Palha e espera a conclusão das providências requeridas à Polícia Civil, ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e à Vigilância Sanitária do município.

As famílias da região estão preocupadas e ressaltam que até sair na rua se tornou algo perigoso. "O avião passa e as pessoas correm se escondendo. Exigimos das autoridades competentes que algo seja feito", frisou Valmir Noventa.

A comunidade já não sabe a quem recorrer. Segundo o MPA, o Idaf já foi avisado duas vezes sobre a situação, mas informou que não há pessoal disponível para acompanhar o problema. Enquanto isso, o veneno vem sendo despejado até em áreas de floresta nativa e nas plantações agroecológicas (que não utiliza veneno agrícola) dos pequenos produtores da região.

O movimento afirma que os venenos antes eram aplicados com bombas e tratores, mas agora está sendo utilizada somente a pulverização aérea. No caso dos cafezais, usam agrotóxicos para a ferrugem, para coxinilhas, além de herbicidas. Os venenos são altamente letais para as pessoas e para o ambiente. Aplicados na forma de coquetel, os efeitos letais são enormemente ampliados.

O Espírito Santo é o terceiro estado no país no consumo por pessoa dos venenos agrícolas. Os venenos são chamados pelas empresas de "defensivos agrícolas". Produzem doenças mortais, entre as quais alguns tipos de câncer, redução da imunidade e doenças genéticas, entre muitas outras, como estão levando agricultores ao suicídio.

Usados na produção de alimentos, os agrotóxicos intoxicam 500 mil brasileiros por ano, e 10 mil trabalhadores morrem anualmente no Brasil contaminados pelos agrotóxicos. Dos intoxicados por venenos agrícolas, cerca de 10% ficam definitivamente incapacitados para o trabalho, o que totaliza uma perda de 50 mil trabalhadores/ano no país.

De acordo com o divulgado pelo diretor comercial do Banestes, Otacílio Pedrinha de Azevedo, a pulverização será feitas em culturas de mamão, banana, cana-de-açúcar, café, entre outras. O Banestes divulgou ainda que o crédito para a Aeroverde foi viabilizado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES).

(Por Flávia Bernardes, Século Diário, 07/04/2008)



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