Rio de Janeiro - O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nessa sexta(04/4) a criação da Gerência Executiva de Pré-Sal, que vai administrar as recentes e significativas descobertas de petróleo na camada pré-sal nos campos de Tupi e Júpiter, na Bacia de Santos. A nova gerência terá como atribuição coordenar todas as atividades de exploração e produção na área do pré-sal e será subordinada à Diretoria de Exploração e Produção.
Segundo a Petrobras, a nova gerência terá como responsabilidade principal nos próximos três anos a coordenação dos planos de avaliação, assim como a implantação do Teste de Longa Duração (TLD) e do primeiro piloto de produção de Tupi, previstos, respectivamente, para 2009 e 2010.
A primeira grande descoberta na área pré-sal foi o campo de Tupi, anunciado no dia 8 de novembro do ano passado
Localizado na Bacia de Santos, o novo campo – que marca também a descoberta de uma nova fronteira petrolífera -, tem reservas estimadas de cerca de 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural, ou seja, sozinho tem cerca de metade de toda a reserva provada de petróleo hoje existente no país.
De acordo com informação da Petrobras, “os volumes recuperáveis estimados de óleo e gás para os reservatórios do pré-sal, se confirmados, elevarão significativamente a quantidade de óleo existente em bacias brasileiras, colocando o Brasil entre os países com grandes reservas de petróleo e gás do mundo”.
O pré-sal é uma camada de rochas-reservatório que se encontram abaixo de uma extensa camada de sal, que abrange o litoral do estado do Espírito Santo até o de Santa Catarina, ao longo de mais de 800 quilômetros de extensão por até 200 quilômetros de largura, em lâmina d'água que varia de 1.500 a 3.000 metros e soterramento entre 3.000 e 4.000 metros.
A Petrobras é operadora da área onde se localiza a reserva, e detém 65% do campo; a empresa britânica BG detém 25% e a portuguesa Petrogal - Galp Energia, 10%.
Em 22 de janeiro deste ano, a Petrobras anunciou a segunda grande descoberta na nova fronteira petrolífera: o campo de Júpiter – uma grande reserva de gás natural, mas também de óleo condensado, que poderá vir a tornar o país auto-suficiente em gás natural.
A nova fronteira é considerada a descoberta mais importante dos últimos anos no setor petrolífera e coloca o Brasil em um novo patamar entre as grandes empresas produtoras e exportadoras de petróleo e gás.
O Conselho de Administração também manteve a composição atual da diretoria e presidência da empresa para os próximos três anos.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 04/04/2008)