Número de ligações para a Coordenação aumentou em 50% nos últimos meses
O aumento de casos confirmados de dengue no Rio de Janeiro nas últimas semanas fez um alerta a todo o País. Em Sapucaia do Sul, agentes de prevenção da Vigilância Ambiental intensificaram os trabalhos de combate ao mosquito Aedes aegypti – o transmissor da doença. O número de ligações para Coordenação de Vigilância em Saúde (CVS) do município aumentou em 50% em comparação com os dois primeiros meses do ano – agora são cerca de 20 ligação diárias.
Segundo a diretora da CVS, Zilda Andrade, a população teme que a epidemia chegue na cidade. ‘‘São dezenas de chamadas de pessoas assustadas com um possível contágio. Elas procuram orientações sobre como evitar o surgimento das larvas do mosquito e também denunciam irregularidades.’’ Sapucaia do Sul conta com 20 agentes, divididos em três grupos de trabalho. Um deles é responsável pelo Levantamento de Índice (visita a residências); outro faz vistorias nos chamados Pontos Estratégicos (locais mais propícios para a proliferação de larvas, como borracharias, cemitérios, floriculturas e pecuárias). O terceiro é responsável pelo monitoramento de armadilhas.
Armadilhas
No município, foram montadas 122 armadilhas – uma a cada nove quarteirões, distribuídas em casas e unidades de saúde. Tais artefatos, na verdade, não passam de pneus cheios de água de feno, sustentados por uma haste de metal. O líquido permite detectar precocemente a presença do mosquito transmissor da dengue. ‘‘O pneu é um local ideal para o depósito dos ovos e a água tem um composto orgânico de gramíneas, componente que atrai a fêmea da espécie’’, conta o agente Juliano Teixeira Machado. Cada uma destas armadilhas é visitada semanalmente, mas o trabalho é diário. ‘‘Monitoramos de 20 a 50 armadilhas por dia, dependendo do bairro’’.
Com esta ação é possível tomar as devidas providências para o combate e controle do mosquito. ‘‘Todas as larvas coletadas são enviadas para análise no Laboratório do Estado (LACEN). Se alguma for do Aedes aegypti, a CVS será comunicada para adotar as condutas compatíveis ao caso’’, afirma a coordenadora Zilda. No entanto, até agora, não foi detectada a presença do mosquito na cidade.
(Jornal VS, 03/04/2008)