A Câmara Municipal de Porto Alegre assinou acordo de cooperação técnica com a Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) com o objetivo de realização de quatro grandes discussões que terá como tema o futuro de Porto Alegre. O termo foi firmado na manhã desta quinta-feira (03/04), durante palestra que o presidente do legislativo da Capital, vereador Sebastião Melo (PMDB), proferiu em evento denominado Bom Dia Engenharia. Representou a Sergs na assinatura seu presidente Newton Quites.
A Sociedade de Engenharia será uma das entidades parceiras da Câmara Municipal que realizará, em maio e junho, uma série de debates sobre mobilidade urbana, desenvolvimento econômico, urbanismo sustentável e dinâmica e estética urbana. "O objetivo é pensar e planejar a Porto Alegre do futuro, a partir de discussões de temas da atualidade com especialistas que, ao final, apresentarão propostas e alternativas de soluções", explicou Melo.
O coordenador do projeto será o professor e ex-secretário de Planejamento do Estado João Carlos Brum Torres. As conclusões dos quatro debates servirão de tema para um fórum municipal, em julho, com a presença de convidados nacionais e internacionais. A Câmara Municipal terá ainda como parceiros nesses eventos o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM). No final do ano as conclusões servirão para fundamentar a criação do Instituto de Altos Estudos sobre Porto Alegre.
Durante a palestra desta manhã na Sociedade de Engenharia, Sebastião Melo enfatizou a necessidade de investir em planejamento. "Hoje as ações envolvem o combate às conseqüências de problemas graves que castigam a cidade que não foram previstos por estudos realizados com antecedência", lamentou.
O presidente da Câmara afirmou ainda que Porto Alegre sofreu profundas conseqüências decorrentes da acelerada urbanização. "Milhões de pessoas chegaram à Capital nas últimas décadas e hoje temos uma cidade informal majoritariamente maior, onde os moradores não dispõem de equipamentos fundamentais, como coleta e tratamento de esgoto, regularização fundiária e abastecimento de água e energia elétrica", lamentou.
(Por Gilberto Jasper, Ascom CMPA, 03/04/2008)