O Fórum Gaúcho de Produção Mais Limpa (FGPmaisL), vinculado à Secretaria do Meio Ambiente, reuniu-se nessa quarta-feira (02/3) para discutir o caminho para a definição de suas diretrizes de ação, que incluem otimizar a participação de recursos humanos para obter os resultados a que o órgão se propõe, conforme o seu decreto de criação.
A atribuição do Fórum é assessorar técnica e politicamente os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, instituições de ensino e ONGs em temas relacionados à prática de produção mais limpa.
Conforme a secretária executiva do FGPmaisL e assessora técnica da secretaria, Ana Maria Cruzat, os programas que o Fórum pretende aplicar terão como base a sistemática utilizada pelo projeto Ökoprofit (Ecoprofit), aplicado em países da Europa, Ásia e África.
O método Ökoprofit consiste em buscar soluções para evitar o desperdício, diminuindo os efeitos sobre o meio ambiente e reduzindo os custos das empresas. "São benefícios ambientais que se traduzem em ganhos econômicos para as empresas, ou seja, ao reduzir suas emissões as empresas estão obtendo vantagens econômicas pela utilização de tecnologias limpas", explica Ana Cruzat.
Essa metodologia é disseminada pela consultoria internacional STENUM GmbH, uma das mais importantes da Europa no trabalho com metodologias e princípios das tecnologias limpas, prestando assistência a empresas e organizações em direção a caminhos que levem a programas de sustentabilidade.
Na reunião, o Diretor do Departamento de Recursos Hídricos da Sema, Ivo Mello, membro do FGPmaisL, relatou recente visita a duas empresas na Áustria, que aplicam o projeto Ökoprofit.
As bases da metodologia do Ökoprofit também foram explanadas pelo engenheiro químico Cleber Dutra, que trabalha com pesquisa para o desenvolvimento de programas regionais sustentáveis e representa a Escola de Administração da Ufrgs no FGPmaisL.
Segundo Ana Cruzat, o FGPmaisL está buscando um termo de cooperação entre Brasil e Reino Unido, incluindo Alemanha e Áustria, para implantar no Rio Grande do Sul programa semelhante ao Ökoprofit. Esses encaminhamentos estão contando com o auxílio da Escola de Administração da Ufrgs, que já mantém parceria com o Reino Unido para utilização de metodologia adaptada do projeto Ökoprofit.
A secretária executiva do Fórum também afirma que as ações e atividades que vierem a ser aplicadas a partir da sistemática internacional de tecnologias limpas deverão ser direcionadas, prioritariamente, para os setores coureiro-calçadista, agricultura, metal-mecânica e construção civil.
(Governo do Estado, 03/04/2008)