Um estudo publicado pelo WRM (Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais) sobre árvores transgênicas alerta sobre os perigos que envolvem esta cultura.
Quando o assunto é transgenia, as árvores transgênicas são as que recebem menor ou nenhuma atenção, principalmente pelo fato de não estarem associadas diretamente à produção de alimentos. Porém, o documento aponta que o fato de as árvores transgênicas não serem alimentos não significa que sejam menos perigosas. Pelo contrário, os riscos acarretados por elas são, de certa forma, mais graves que os apresentados pelas culturas alimentares, já que as árvores vivem mais tempo que as culturas agrícolas, e isso significa que pode haver mudanças não previstas em seu metabolismo até muitos anos após terem sido plantadas.
Deste modo, é impossível garantir que, depois de 20 ou 30 anos, uma entre milhares ou milhões de árvores transgênicas não possa florescer e poluir as árvores normais da mesma espécie, tornando assim estéril a sua descendência.
Existem ainda outros aspectos perigosos que envolvem este tipo de produção, como crescente mecanização das tarefas florestais, o aumento da aplicação de fertilizantes químicos, de agrotóxicos e de herbicidas, visto que as árvores geneticamente modificadas são, principalmente, variações mais resistentes.
Para o WRM, sob uma perspectiva socioambiental, as árvores transgênicas constituem um passo muito perigoso e é preciso analisar quem as impulsiona e para quê.
(
MST - Mov. Trabalhadores Rurais Sem Terra - Brasil, 03/04/2008)