Termelétricas em Candiota representam investimento de US$ 2,8 bi
A primeira leva de equipamentos para a Fase C da Usina Presidente Médici já está no município de Candiota
Na próxima semana, a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) deve receber mais maquinário - as primeiras das 25 mil toneladas de máquinas para o investimento de US$ 550 milhões, que integra a provável retomada do ciclo do carvão na Metade Sul do Estado.
Dos três projetos de termelétricas - investimento de US$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 5 bilhões) em sete anos que animam os habitantes da pequena cidade - , a Fase C é, por enquanto, a única com efeitos evidentes em Candiota. Seja na circulação, pela CGTEE, de chineses responsáveis pela construção da nova usina ou nas obras civis da área onde a planta será instalada.
Até o final do ano, cerca de 2,3 mil operários vão dar forma à usina, cuja produção exigirá também a ampliação da produção de carvão pela Companhia Riograndense de Mineração (CRM), que passará de 2 milhões de toneladas extraídas por ano para cerca de 5 milhões quando a Fase C entrar em operação, em janeiro de 2010. Atualmente em R$ 90 milhões por ano, o faturamento da CRM deve aumentar em mais R$ 100 milhões depois do início da Fase C, segundo o presidente da empresa, Telmo Kirst.
Outras duas termelétricas estão previstas para Candiota: Seival I e II. Enquanto o investimento de US$ 1,4 bilhão em Seival II está registrado em protocolo de intenções firmado entre o governo do Estado e a MPX Energia, Seival I está à espera de duas liberações do governo federal. O negócio prevê aplicação de US$ 850 milhões. Contudo, ainda precisa de uma licença de instalação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da autorização do governo brasileiro para fornecer energia ao Uruguai.
Rodrigo Müzell viajou para Candiota a convite do Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Carvão Mineral
(Zero Hora, 03/04/2008)