A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) lança hoje (O3/04), às 9h30min, o Diagnóstico Ambiental de Porto Alegre - Geologia, Solos, Drenagem, Vegetação/Ocupação e Paisagem. Por que determinadas áreas sempre alagam? Porque há ocorrência de desmoronamentos em algumas regiões? Quais as áreas prioritárias para conservação? O que pode acontecer com o crescimento da cidade?, são perguntas que a publicação responde.
A obra mostra, por exemplo, que grande parte dos bairros da cidade está impermeabilizada por edifícios e pela pavimentação. Com isso a recarga dos lençóis freáticos fica prejudicada e se dá apenas nas áreas altas, como nos Morros Santana e da Polícia.
O estudo descreve ainda 14 tipos vegetacionais, com cerca de 1.200 espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas. Segundo o mapa de vegetação e ocupação, cerca de um terço do território municipal está com baixo valor de conservação, um terço em estado intermediário e um terço apresenta bom potencial de conservação, mostrando que há espaço para ocupar, mas também há espaço com ótimo potencial de conservação.
No capítulo Paisagem foram destacadas onze paisagens do município, que sintetizam a interação da ocupação com a vegetação. Vai desde as regiões mais densamente ocupadas, como o Centro e o bairro Navegantes, até ambientes muito próximos da condição natural, como a face sul do Morro da Extrema.
As informações foram sistematizadas por professores e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A maior parte do levantamento já havia sido entregue à prefeitura em 2004, mas somente agora é oferecido ao público.
A coordenação geral dos estudos e da publicação é do professor do Centro de Ecologia da Ufrgs, Heinrich Hasenack, que também coordena o Laboratório de Geoprocessamento, com edição da jornalista Sílvia Marcuzzo.
Além de um conjunto de mapas, acompanha o livro um CD-Rom que possibilita o uso em sistemas de informação geográfica. O Diagnóstico tem 88 páginas, traz três mapas na escala 1:50.000: geologia, solos e drenagem (cada centímetro no mapa corresponde a 500 m no terreno) e um mapa 1:25.000: vegetação/ocupação (cada centímetro no mapa corresponde a 250 m) dividido em quatro folhas.
(EcoAgência, 02/04/2008)