As crescentes preocupações com o meio ambiente têm sido classificadas pelas empresas entre as 10 maiores áreas estratégicas de atuação, informa um relatório publicado pela consultoria Ernst & Young. O termo ‘radical greening’ (expressão que traduzida livremente para o português sugere uma busca radical para se tornar ‘verdes’) tem sido utilizado para descrever os crescentes desafios ambientais que podem resultar de regulamentações mais rígidas, mudanças de atitude dos consumidores e eventos climáticos extremos.
“Em curto prazo, salvo eventos inesperados, o desafio estratégico se concentra em quanto as empresas devem se assumir como ‘radical greening’. Tornar-se ‘verde’ é caro, mas pode valer dividendos se os gosto dos consumidores e as regras mudarem rapidamente”, afirma o relatório.
Novas leis nesse sentido poderiam, por exemplo, tornar obsoletos bens imobiliários ‘não-verdes’, enquanto limites sobre as emissões de gases do efeito estufa são uma ameaça para as usinas.
O relatório alerta: “O ritmo e a extensão desta nova ‘revolução verde’ são difíceis de prever, mas o que é quase certo é que algumas empresas conseguirão a mistura de combustíveis, o portfólio imobiliário e a pegada de carbono corretos, enquanto outras irão radicalmente demais para o ‘verde’ou, o mais provável, não o suficiente”.
Outros riscos identificados pela Ernst & Young incluem: riscos regulatórios e de conformidade, choques financeiros globais, mudanças ao longo do tempo dos consumidores ou da força de trabalho, mercados emergentes, choques energéticos e custos da inflação.
(Da Environmental Finance, traduzido por Fernanda Muller, do Carbono Brasil, 02/04/2008)