Utilizando o período do Grande Expediente da sessão de ontem à tarde, o deputado Nelson Härter falou sobre a geração de empregos no setor florestal gaúcho. Härter saudou a Força Sindical, Fiergs e Força Verde e Ageflor. O parlamentar disse que o atual momento teve início com muitas discussões sobre a questão do zoneamento ambiental. O Estado passou por várias audiências públicas em Santana do Livramento, Cambará do Sul, Candiota e na Assembléia Legislativa, onde as entidades representativas do setor no Estado tiveram participação especial na discussão do tema, além da comissão especial de Florestamento e Reflorestamento. Härter citou que o florestamento não está ligado apenas à produção de celulose, mas também ao setor moveleiro e à geração de energia.
O setor florestal, segundo informou o deputado, responde por 20% da matriz energética do Rio Grande do Sul e fornece matéria prima para diversos setores, criando postos de trabalho para milhares de pessoas. Härter salientou que os novos investimentos utilizarão 600 mil hectares para plantio de florestas em áreas próprias ou de arrendamento, ocupando 3% da área do Estado.
“O ano de 2011 será o primeiro ano de corte; período promissor”, disse Härter. O parlamentar usou como exemplo o desenvolvimento de Pinheiro Machado a partir do plantio de florestas no município. Härter ainda citou os investimentos pelas novas plantas da Aracruz, Stora Enso e Votorantim, e o incremento no produto interno bruto gaúcho. “Cerca de 3% dos empregos gerados no Estado surgiram com o florestamento”, afirmou.
Härter saudou a Defensoria Pública, ressaltando o apoio da instituição na luta pela dignidade humana e também agradeceu o apoio da bancada do PMDB e às contribuições dadas pelos parlamentares. Ele ainda citou o crescimento do setor moveleiro no Estado, sendo o segundo do País. Agradeceu a Associação dos Engenheiros Florestais e a Universidade de Pelotas pela contribuição.
“Assim, chegamos a um ciclo de crescimento, incrementado pela silvicultura”, disse Härter. Ele falou da possibilidade de consórcio entre a plantação de florestas com pastagens e a criação de abelhas. “O crescimento econômico através do setor florestal, com empregos e preservação ambiental é uma realidade”, destacou. “Existem duas formas de obter madeira, uma é destruindo florestas nativas e, aqui no RS, nós escolhemos plantar árvores”.
(Diário Popular, 02/04/2008)