(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
água potável crise da água gestão dos recursos hídricos
2008-04-02

O consumo médio de água nas capitais brasileiras é de 150 litros/habitante/dia, enquanto que a Organizações das Nações Unidas recomenda que esse consumo seja de 110 litros/habitante/dia. As cidades de Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam os maiores índices de consumo por habitantes do país (236, 226 e 221, respectivamente) chegando a ser o dobro do estipulado pela ONU. Mas porque as pessoas não se sensibilizam e começam a fazer um uso inteligente da água? Provavelmente, porque quando se fala em falta de água no planeta e racionamento, a maioria das pessoas não acredita, acha que é um exagero e que isso só deve acontecer daqui a uns 200 anos.

A quantidade de água que temos nos oceanos, nos faz crer que é impossível, um dia, não termos mais água potável no mundo. Mas essa não é a realidade! Segundo dados do International Water Management Institute – IWMI - até 2025, 1.8 bilhão de pessoas, de diversos países, deverão viver sem nenhuma gota de água, o que representa que 30% da humanidade sofrerá com a falta de água. Com apenas 0,007% da água existente no mundo doce e com o rápido crescimento da população mundial e a crescente poluição - para cada 1.000 litros de água utilizados, outros 10 mil são poluídos - a água é o recurso natural mais estratégico de qualquer país do mundo. E ainda, segundo a ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela sua contaminação.

Diante desse assustador cenário, já é passada a hora das pessoas se conscientizarem e começarem a fazer uso racional desse bem precioso e extremamente importante para a humanidade. Gastar mais de 110 litros de água por dia é desperdiçar nossos recursos naturais e também dinheiro. O destino da água em uma casa no Brasil é o seguinte: 27% para consumo (cozinhar, beber), 25% para higiene (banho, escovar os dentes), 12% para lavagem de roupa, 3% para outros fins, como lavagem de carro, e, finalmente, 33% para descarga de banheiro. O consumo exagerado deve-se aos constantes desperdícios e descuidos na utilização da água, como, por exemplo, lavar quintal com água corrente ou tomar um banho por mais de 15 minutos.

Nos edifícios e apartamentos, o consumo tende a ser maior ainda devido à maior pressão da água, além é claro, da maneira como se paga por ela. Hoje em dia, na maioria dos condomínios verticais e horizontais, existe somente um hidrômetro que mede o consumo de todos os apartamentos para que o valor final seja dividido de maneira igual entre todos os condôminos. Sendo assim, uma pessoa que mora sozinha paga a mesma quantia que uma família de seis pessoas. Essa forma antiga de medição faz com que as pessoas não se preocupem em utilizar a água de uma forma racional e inteligente. O que irá adiantar se eu economizar e o meu vizinho não fizer o mesmo?

A medição individualizada de água é uma excelente solução para esse problema e, inclusive, já existem diversas cidades com projetos de lei que a torna obrigatória. Mas o que significa medição individualizada? Cada apartamento passa a ter um hidrômetro próprio que mede o quanto de água é consumido, de maneira que as pessoas paguem exatamente pelo o que elas consomem. Além de ser uma maneira mais justa de se pagar pela água, ela faz com que as pessoas economizem e a utilizem da melhor forma possível. Nos prédios onde essa solução já foi implementada, houve uma economia imediata de 20%, podendo, em alguns casos, chegar a 40%, já nos primeiros três meses após a adoção. Além da implementação de novas tecnologias, como a medição individualiza, e de novas políticas públicas, é primordial que as pessoas se conscientizem de que a água é um recurso natural finito e que antes mesmo do que muitos imaginam, ela irá faltar. Por fim, segundo a ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela sua contaminação.

Portanto, o uso racional da água é vital para adiarmos, o máximo possível, graves problemas ambientais, de saneamento e principalmente, de saúde pública.

(Por Samuel Lee *, Envolverde/Pauta Social, 01/04/2008)
* Samuel Lee é Diretor geral da Actaris Metering systems na América Latina


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -