Empresário Eike Batista, acionista majoritário da MMX , vai ser o presidente da nova companhia – IronX – surgida da transação com a gigante da mineração Anglo AmericanA empresa multinacional Anglo American confirmou, ontem, a compra do controle de dois projetos de minério de ferro do grupo brasileiro MMX, por 5,5 bilhões de dólares, o equivalente a 3,5 bilhões de euros. A nova companhia será chamada IronX e será presidida pelo empresário Eike Batista, acionista majoritário da MMX.
O acordo conclui as negociações anunciadas em janeiro, por uma quantia que será paga em dinheiro.
Os executivos da IronX assumirão os 51% da MMX no projeto de minério de ferro Minas-Rio e os 70% no projeto do Amapá.
A Anglo American aprovou um acordo para comprar dos acionistas da MMX uma participação de 63,5% do capital da IronX, sobre a qual assumirá o controle. Como previsto, será lançado mais adiante uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) das participações aos acionistas minoritários da IronX pelo mesmo valor, aproximadamente 361 dólares por ação, até chegar aos 100% da empresa. Em abril de 2007, a Anglo American havia adquirido 49% do projeto Minas-Rio, pelo preço de 1,1 bilhão de dólares.
Essa aquisição, feita em momento de plena consolidação no setor do minério, e, especialmente do minério de ferro, faz parte da estratégia da Anglo American, um dos principais produtores mundiais de platina, diamantes, carvão e metais de base, de se tornar o melhor na produção de ferro.
As duas minas no Brasil e as em desenvolvimento da filial sul-africana Kumba Resources permitirão ao grupo britânico um aumento, em 2017, de 150 milhões de toneladas na produção de minério de ferro, elemento que participa da composição do aço.
Minas-Rio é um projeto de mina atualmente em desenvolvimento no Estado de Minas Gerais, que entrará em produção no primeiro semestre de 2010. A produção esperada é de 26,5 milhões de toneladas por ano.
O projeto no Amapá, no norte do país, que foi concluído recentemente com produção iniciada em dezembro, dispõe de uma capacidade de produção anual de 6,5 milhões de toneladas.
A MMX possuía até agora 70% do controle, junto com a empresa americana Cleveland Cliffs, que detém os 30% restantes.
Eike Batista, à frente da MMX, é um dos barões da indústria do minério no Brasil.
O empresário é dono da maioria do capital da MMX, da qual é fundador e presidente, e foi considerado pela revista Forbes, como o 142º homem mais rico do mundo.
(
Diário do Amapá, FGV, 01/04/2008)