Apenas seis famílias cadastraram-se para entregar lixo reciclável à Prefeitura Municipal
Apenas seis famílias cadastraram-se para entregar seu material reciclável para a Prefeitura, mas a baixa procura não desestimulou o coordenador do projeto da coleta seletiva que está sendo implantado em Cachoeira do Sul, o secretário municipal de Obras Hélio Mercadante. Ele reúne-se na manhã de hoje (01/04) com o prefeito Marlon Santos para definir detalhes da execução da iniciativa que inicia logo após o encontro, recolhendo o lixo de quem se cadastrou ontem. Entre as 7h30min e as 13h30min, pelo telefone 3724-6001 ou diretamente na Prefeitura, ainda é possível agendar a coleta de lixo seco para hoje, na estréia do projeto.
A Conesul, vencedora da licitação para prestar o serviço, cobrará R$ 4,95 por quilômetro rodado do caminhão da coleta seletiva e em caráter emergencial recolherá o lixo apenas de quem se cadastrar. Ontem, no primeiro dia do agendamento para coleta dos recicláveis, nem as escolas atenderam ao chamado do Município. “Estamos preparando uma campanha para mobilizar os estudantes. Eles são fundamentais para o sucesso da coleta seletiva, pois convocarão seus pais a aderirem ao projeto”, diz o jornalista Ari Santos Filho, que está trabalhando na elaboração da campanha.
Experiência
“Como a coleta seletiva está em fase de experiência, tivemos de fazer um contrato por quilômetro rodado com a Conesul, pois temos consciência de que até a comunidade adquirir a cultura da reciclagem, o volume de lixo a ser recolhido deverá ser baixo, o que inviabilizaria a empresa a prestar o serviço por tonelada recolhida”, observa o secretário municipal de Administração Osvaldo Trojahn. Em Santa Cruz do Sul a Conesul faz coleta seletiva junto com o recolhimento do lixo orgânico. O serviço é prestado por caminhões mistos, em que de um lado são armazenados o lixo seco e do outro o orgânico. A Prefeitura de Santa Cruz paga em média R$ 270 mil por mês para a Conesul recolher as cerca de 65 toneladas de lixo que a cidade produz por dia.
(Por Patrícia Loss, Jornal do Povo, 01/04/2008)