A Assembléia Legislativa realizará audiências públicas para debater o Plano de Zoneamento Sócio-econômico Ecológico inicialmente nas 12 regionais propostas no projeto num primeiro momento e, tantas quantas forem necessárias em todo o estado, para que a peça seja avaliada respeitando as realidades locais. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, deputado Sérgio Ricardo, na tarde desta segunda-feira (31/03) na abertura da Reunião de avaliação do Plano de Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico que prossegue até quarta-feira (02.04) no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.
Para Sérgio Ricardo, “Existem muitas realidades distintas em Mato Grosso e, é preciso ouvir as pessoas que residem nestas regiões”. Os 12 pólos são: Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Sorriso, Juína, Cáceres, Vila Rica, Juara, Alta Floresta, Barra do Garças, Tangará da Serra e Diamantino.
O plano - que deve ser protocolado no parlamento na próxima semana - foi elaborado ao longo dos três últimos governos, deste 1989. Ele prevê uma política de desenvolvimento sustentável para o estado, incorporando itens sociais do MT+20 e baseado nos meios físicos, bióticos e sócio-econômicos.
Para o governador Blairo Maggi o plano dá a oportunidade impar a Mato Grosso de ter um instrumento econômico de conservação ambiental e social, respeitando as pessoas que ao longo dos anos ocuparam suas terras. Ainda de acordo com Maggi “não é um plano que libera Mato Grosso para fazer qualquer coisa, ao contrário restringe”, por isso, disse, “a AL além de fazer audiências públicas vai ter a oportunidade de trazer das regiões, a opinião das pessoas que lá vivem, para Cuiabá. O plano é acabado do ponto de vista científico, mas não é do ponto de vista social, do homem que reside nessas áreas”, disse o governador, admitindo que os debates devam ser “acalorados”.
“São poucos os estados brasileiros que têm esse horizonte, este farol (o MT+20) de longo prazo é pra valer, quero destacar essa característica”, disse o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável Rural do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, acrescentado que o plano possibilita que Mato Grosso construa uma política ao lado do governo federal e dos municípios. Egon também chamou a atenção para o período em que a peça será debatida – ano político- e pediu que Mato Grosso não deixe os debates públicos tomarem uma dimensão eleitoral.
Compuseram a mesa, ainda, o senador Gilberto Golner e os secretários Yênes Jesus de Magalhães, (Planejamento e Coordenação Geral) e Luis Henrique Daldegan (Meio Ambiente). A reunião que prossegue até quarta-feira será para que a sociedade, representada por 47 intuições dêem o aval ao governo, para enviar o texto ao parlamento. Por isso, Blairo Maggi se dirigiu às ONGs: “analisem com cuidado, pois estarão avalizando um zoneamento feito por vários governos e concluído por este”, pediu.
(Por MARIA NASCIMENTO,
Ass. Legislativa do MT, 31/03/2008)