No primeiro dia das ações no Hospital de Campanha, das 08 às 16 horas, a Marinha do Brasil realizou 226 atendimentos, sendo 140 adultos, 84 crianças, das quais 65 de até 10 anos, e 02 emergências. Do total de 226, foram constatados 201 casos de dengue. Neste quantitativo não foram computados os pacientes atendidos e redirecionados para o Hospital da Posse, por não apresentarem sintomas da doença.
O tempo médio de espera para atendimento, após a chegada do paciente no hospital de Campanha é de, aproximadamente, 30 minutos. Entretanto, o atendimento às crianças apresenta um tempo maior de espera, devido às peculiaridades características do atendimento pediátrico. Até às 16 horas, 06 ônibus transportaram pacientes do Hospital da Posse até o Hospital de Campanha da Marinha.
A Marinha do Brasil participa do combate à dengue no Estado do Rio de Janeiro, por meio de um Centro de Diagnóstico e Treinamento que está funcionando no Hospital de Campanha, montado na Baixada Fluminense, nas imediações de Nova Iguaçu e São João de Meriti.
O Hospital de Campanha é constituído de onze barracas, onde foram instalados um setor de recepção, ambulatórios, centros de hidratação pediátrico e adulto e laboratório onde são realizados hemograma, contagem de plaquetas e sorologia para dengue, além de uma farmácia que distribui, gratuitamente, medicação para tratamento dos pacientes portadores de dengue.
O atendimento teve início na manhã de hoje e seguirá até 31 de maio, salvo se houver alguma reincidência do surto. O Hospital de Campanha atende somente pacientes encaminhados pelo Hospital da Posse, onde é realizada uma triagem inicial. Caso haja suspeita de dengue, o paciente é levado ao Hospital de Campanha da Marinha. Chegando ao Hospital de Campanha, o paciente é recebido por profissionais da área de saúde da Marinha, que preenchem o seu prontuário e, se julgado necessário, o encaminha para o laboratório do Hospital de Campanha, onde são realizados os exames.
O laboratório está estruturado para emitir o resultado em até 15 minutos. Caso seja constatada a infecção por dengue, o médico avaliará o quadro geral do paciente e o encaminhará para tratamento. Os pacientes que apresentam quadro de dengue hemorrágica ou outras complicações são redirecionados para outros hospitais da rede pública ou conveniados, por meio da Central de Regulação de Vagas, organizada pelo Estado. O Hospital de Campanha atenderá os casos de dengue clássica, provendo a estabilização do paciente por meio de medicação e hidratação.
A Marinha também apoiará o combate ao mosquito transmissor da dengue. Cem militares serão treinados pela Secretaria Estadual de Saúde para comporem equipes volantes que realizarão visitas a residências, em áreas urbanas. A Secretaria Estadual de Saúde proverá o material necessário para o combate aos vetores. Os locais onde esses militares atuarão estão sendo definidos.
Ao todo, serão cerca de 200 militares da Marinha envolvidos nas ações de combate à dengue. Além dos 100 que irão compor as equipes volantes, aproximadamente 100 estão trabalhando no Hospital de Campanha, sendo 45 profissionais de saúde (médicos, farmacêuticos e enfermeiros) e 55 militares compondo a equipe de apoio, que fazem a segurança e a manutenção do Hospital.
(O Dia, 31/03/2008)