O governo colombiano rejeitou, nesta segunda-feira, a demanda apresentada pelo Equador à Corte Internacional de Justiça de Haia (CIJ) por fumigações aéreas de cultivos ilícitos na fronteira. "O governo Colombiano rejeita a demanda apresentada pelo governo do Equador diante da Corte Internacional de Justiça, em relação às aspersões aéreas na fronteira entre Colômbia e Equador", anunciou a presidência, em um comunicado.
"Não obstante a gravidade da presença de cultivos ilícitos na fronteira", o governo aceitou suspender as fumigações aéreas em uma faixa de 10 km na Colômbia e as substituiu por programas de erradicação manual, completou. O presidente Alvaro Uribe ratificou ao presidente equatoriano, Rafael Correa, em janeiro, "sua oferta de indenizar os equatorianos que tiverem sofrido algum prejuízo por causa da aspersão aérea", diz a nota.
"Apesar disso, as autoridades do Equador nunca apresentaram qualquer solicitação concreta com respeito a danos contra sua população", destacou o texto. Correa "concordou em implementar um acordo entre os dois governos, por intermédio das chancelarias, o que não aconteceu, apesar da insistência da chancelaria colombiana", frisou o comunicado, garantindo que a Colômbia sempre respeitou os protocolos internacionais nesse tema, assim como a soberania equatoriana.
A chanceler equatoriana, María Isabel Salvador, disse, nesta segunda, ao anunciar a apresentação da demanda, que sua intenção é "pôr fim às fumigações de químicos herbicidas altamente tóxicos, ao longo da fronteira". A ministra destacou também que a decisão não está relacionada com a disputa entre ambos os países pelo ataque colombiano a um acampamento das Farc, em território equatoriano.
(AFP, UOL, 31/03/2008)