Fiscais do Ibama retiveram 1,5 mil m³ de madeira nobre no porto exportador de Santarém, Pará, para averiguação. Parte da carga, que inclui espécies como maçaranduba, jatobá e ipê, foi constatada como ilegal. As irregularidades são diversas. A madeira seria embarcada em um navio espanhol com destino à Europa. Outros 3,5 mil m3 de madeira foram liberados para a viagem. As empresas vendedoras foram notificadas para prestar esclarecimentos. Elas podem ser autuadas por transporte e comércio ilegais de madeira. O valor total das multas, que ainda está sendo contabilizado pelos fiscais, pode chegar a R$ 300 mil.
A operação “Made in Brazil”, iniciada na última quarta-feira, dia 26 pela Gerência Executiva do Ibama (Gerex) em Santarém, reteve a madeira no porto na quinta-feira, 27. A ação faz parte da campanha nacional Guardiões da Amazônia de combate ao desmatamento, extração seletiva, transporte, e comércio ilegais de madeira, no âmbito do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia (PPCDAM). A madeira ilegal pode ter vindo da Floresta Nacional do Tapajós, ou de locais distantes de Santarém.
De acordo com o chefe da fiscalização da Gerex, Marcus Bistene, toda a madeira vistoriada já havia sido liberada para exportação pela Receita Federal. Segundo ele, “haverá um reforço das fiscalizações do Ibama no porto”. Segundo Severiano Pontes, coordenador da operação, “é um trabalho minucioso e árduo que demanda tempo e recursos humanos qualificados e que gera insatisfação junto à classe empresarial, mas que é de suma importância para a administração ambiental federal.
Santarém é a terceira maior cidade da Amazônia, Oeste do Pará, cerca de 500 km da capital Belém A “Pérola do Tapajós”, como é conhecida a cidade, fica localizada em uma região belíssima onde se encontram florestas tropicais de grande porte.
(Ibama, 31/03/2008)