Os responsáveis japoneses anunciaram que vai ser difícil cumprir a quota anunciada para este ano. Com a época da caça à baleia a chegar ao fim, apenas foram capturadas menos de metade das 985 baleias previstas. Através da perseguição à frota japonesa de caça a baleia em Janeiro, os protestos não violentos da Greenpeace foram vitais para frustrar os planos da Agência de Pescas Japonesa, porque os caçadores tentam evitar a censura pública, não caçando baleias na presença da Greenpeace.
Sem o apoio de milhões de pessoas como tu, não poderíamos ter enviado o Esperanza para o Oceano Antárctico e ter gerado controvérsia suficiente para que o Japão declarasse que não iria caçar baleias Jubarte, mesmo antes de começar a época. A poucas semanas do fim da época de caça a baleia, e de acordo com as declarações dos responsáveis pelos navios de caça à Baleia, não há carne empacotada e congelada de cerca de 985 baleias para ser descarregada no porto, como estava inicialmente previsto.
Contudo, a carne de baleia da caça deste ano deve começar a chegar ao Japão nos próximos dias, destinada a ser armazenada, porque os compradores japoneses estão a começar a desistir da sua comercialização.
Em Janeiro, quando a Greenpeace parou as operações da frota baleeira pelo período mais longo até ao momento, e interceptou o reabastecimento da frota japonesa pelo Oriental Bluebird, grandes quantidades de carne de baleia foram transferidas para o Oriental Bluebird para serem transportadas para o Japão.
O Oriental Bluebird não tem licença para fazer parte da frota de caça a baleia japonesa, e opera com a bandeira do Panamá. Relembre-se que o Panamá e o Japão assinaram a convenção internacional do comércio de espécies em perigo (CITES) que proibe a comercialização de espécies listadas no apêndice 1.
A Baleia Minke é uma das que consta da lista e embora o Japão tenha pedido uma excepção, o Panamá não o fez. A carne que está empacotada e preparada para ser vendida, de acordo com a lei, é carne de exportação para o Panamá. O Esperanza, o navio da Greenpeace, possui fotografias que documentam estes factos. A descarga desta carne no Japão, constitui uma violação à convenção CITES.
Mesmo que a carne de baleia seja descarregada, a Greenpeace vai fazer com que a voz dos defensores das baleias em todo o mundo não seja abafada. A Greenpeace Japão tem desafiado recentemente os supermercados e os restaurantes para não comercializar carne de baleia. Três das 5 principais cadeias de supermercados responderam positivamente. A famosa rede de bares "Watami", com mais de 600 restaurantes em todo o Japão, também confirmou que a carne de Baleia está fora do menu.
A caça comercial à baleia não tem futuro, mesmo que mascarada como pesquisa científica. Na Noruega, o principal comprador de carne de baleia anunciou que vai deixar o negócio. Na Islândia, o Ministro das Pescas anunciou no ano passado que não foi estabelecida uma quota porque não havia mercado para a carne de baleia.
Exercendo pressão constante, podemos assegurar que a caça à baleia seja consignada para sempre aos livros. No futuro, as baleias só serão alvo de disparos de câmaras fotográficas de observadores, e nunca mais dos arpões dos que se intitulam investigadores.
(Greenpeace, 31/03/2008)