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pchs
2008-03-31
Cerca de 30% das cifras aplicadas à geração de energia no Estado foram direcionadas às construções de PCHs

Um dos estados com o maior potencial hidrelétrico do país, Mato Grosso ingressa em um novo ciclo energético, desperta a atenção e atrai investimentos.  Sejam eles direcionados às Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), seja para Usinas Hidrelétricas (UHE) ou mesmo em Usinas Termelétricas (UTE), Mato Grosso é um dos estados que mais contribui para a geração de energia que abastece várias cidades brasileiras.  Nos últimos cinco anos, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já foram investidos R$ 5,58 bilhões, somando os empreendimentos em operação e os que estão em fase de construção.  Deste total, as PCHs respondem por cerca de 30% das aplicações, ou seja, injetaram na economia local R$ 1,62 bilhão.

O potencial hídrico inventariado – 9,34 mil mega watts (mW) - chama a atenção de diversos grupos, que a cada ano ampliam seus investimentos no Estado.  A média de aplicações é de R$ 1 bilhão por ano, o que coloca Mato Grosso entre os estados que ampliam a produção de energia.

“Se somarmos o potencial de geração dos empreendimentos em construção e os que estão outorgados, poderemos ter nos próximos anos uma oferta adicional de 972,78 mW.  E, se considerarmos a geração atual, a oferta total de energia produzida em Mato Grosso será de 2,6 mil mW”, afirma o vice-presidente da Federação das Indústrias no Estado (Fiemt) e diretor do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás, José Antônio de Mesquita.

“Com a privatização do setor elétrico, após o marco regulatório do setor, tivemos uma grande expansão de investimentos, especialmente em PCHs.  Mato Grosso está recebendo inúmeros investimentos e acreditamos que a médio prazo passaremos a ser o grande supridor de energia para o país, além de agregarmos valores à produção regional com a chegada de indústrias na região”.  Para Mesquita, o único entrave para a expansão do setor poderão ser as amarras ambientais.  “Se superarmos este obstáculo, ingressaremos nos próximos anos em um novo ciclo de crescimento econômico”.

EXPLOSÃO - O grande boom de investimentos no setor elétrico ocorreu na década de 90, com a abertura de processos licitórios para empreendimentos privados, por meio da figura do produtor independente e da formação de consórcios para a geração de energia, via centrais hidrelétricas.  Com isso, a geração própria de energia, que era de apenas 131 mW em 1997, saltou para 1,31 mil mW.  Deste total, 416 mW são oriundos de PCHs, 885,18 de Usinas Hidroelétricas (UHEs) e, 8,06 mW, das Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs).

Somando-se aos 691 mW provenientes da geração térmica – onde a Termelétrica de Cuiabá participa com 520 mW em carga máxima e de ciclo combinado - a oferta global de energia em Mato Grosso chega a exatos 2 mil mW, para um consumo estimado de 800 mW.  Há, portanto, um excedente de 1,2 mil mW que pode ser disponibilizado ao Sistema Interligado Nacional (SIM) para atender outras regiões do país.

EMPREENDIMENTOS - Mato Grosso possui atualmente 106 empreendimentos em operação, mas está previsto, para os próximos anos, um acréscimo de 496 mW na capacidade de geração por conta das usinas que estão em fase de construção no Estado, sendo 14 PCHs (num total de 235 mW e uma UHE (usina Salto Dardanellos) com potência de 261 mW.

Além das 38 usinas em operação e das 15 em fase de construção, Mato Grosso conta ainda com mais 29 empreendimentos outorgados entre 1998 e 2004 - que ainda não tiveram suas obras iniciadas - totalizando 476,72 mW.  Entre elas, 21 PCHs (287,59 mW), uma UHE (150 mW), duas UTEs (34,80 mW) e, cinco, CGHs (4,33 mW).

Somados todos os empreendimentos aprovados, em fase de implantação e outorgados, dentro de três ou quatro anos a oferta global de energia poderá chegar a 2,97 mil mW, o que daria para suprir três estados do tamanho de Mato Grosso.

TROCA - O maior desafio do governo federal é substituir as usinas térmicas movidas a diesel e incorporar os municípios carentes de energia ao SIN.  Atualmente, de acordo com a Rede Cemat, 21 municípios de Mato Grosso estão isolados do sistema nacional e dependem exclusivamente dos motores a diesel para geração elétrica.

Como exemplo desta preocupação em substituir as térmicas pelas hidrelétricas podem ser citadas as PCHs Garganta da Jararaca e Canoa Quebrada, que já entraram em operação e já garantem o suprimento elétrico da região onde operam.  Sai a queima de 10 milhões de litros de diesel e entra uma economia de R$ 20,19 milhões.

Rio Teles Pires terá cinco usinas até o ano de 2016

O Plano Decenal de Energia elaborado pela Empresa Produtora Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia, estima a necessidade de construção de sete usinas hidrelétricas na região, levando-se em conta o crescimento de 4,90% ao ano da economia brasileira até 2016.

Os estudos de viabilidade e inventário feitos pela EPE mapeiam a localização das sete novas usinas.  Cinco deverão ser construídas no rio Teles Pires, em Mato Grosso, e as outras duas são a de Foz do Apiacás, no rio Apiacás, também em Mato Grosso, e de Marabá, no rio Tocantins, na divisa dos estados do Pará e Maranhão.

As usinas a serem construídas no rio Teles Pires são as de Sinop, que deverá operar a partir de julho de 2014, com potência instalada de 461 mW; Colíder, com potência instalada de 342 mW, a partir de fevereiro de 2015; Magessi, prevista para operação em abril de 2015 (potência instalada de 53 mW); São Manuel, com entrada em operação prevista para janeiro de 2015 e potência de 746 mW; e a usina de Teles Pires, prevista para operar a partir de setembro de 2015, gerando 1,82 mW.

A usina do rio Apiacás tem previsão de entrar em operação em abril de 2015, com potência de 275 mW, e a de Marabá terá potência instalada de 2,16 mil mW, a partir de dezembro de 2014.

Além desses empreendimentos a serem construídos em Mato Grosso, o Plano Decenal lista 76 empreendimentos de geração de energia, dos quais 19 estão em fase de construção, 13 em fase de consultas, nove licitados, 11 em processo de licitação e 24 empreendimentos indicados para leilões futuros.  Está prevista ainda a adição média de até 5 mil mW/ano para os próximos 10 anos, enquanto o plano anterior, de 2006 a 2015, previa oferta média de 4 mil mW anuais. 

(Diário de Cuiabá, FGV, 30/03/2008)

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