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habitação
2008-03-31

Trabalhadores do campo serão beneficiados pelo PHS, que destinará R$ 6 mil para cada uma das moradias
 
A união e a organização em torno de um objetivo comum mostraram mais uma vez sua força neste fim de semana. A Cooperativa Habitacional 12 de Fevereiro Ltda (Cooperhab) promoveu no sábado pela manhã o ato de assinatura de contratos para a construção de 50 casas. Elas serão executadas através do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PHS) na modalidade habitação rural do governo federal. Os beneficiados são famílias de Sinimbu associadas à entidade, que terão agora a aportunidade de possuir casa própria.

Por meio da Família Paulista de Crédito Imobiliário, que aplica os créditos do PSH, os contemplados receberão R$ 6 mil do governo federal (que não precisarão ser devolvidos) para a compra de materiais de construção. Em contrapartida, colocarão R$ 2 mil para a mão-de-obra. A agricultora Lisane Goetz Staub, de 42 anos, moradora de Linha Branca, integra o grupo. Residindo atualmente com o marido e os dois filhos na casa de seu pai, ela comemorou a possibilidade de ter o seu teto. “Se não fosse este programa não poderíamos construir. A vida para os colonos é muito difícil, nunca sobra nada.” Para tornar a conquista ainda mais tranqüila financeiramente, seu marido Jair, juntamente com um pedreiro, é quem vai colocar a mão na massa.

A família de Ênio Maquardt, de 38 anos, também está entre as 50 que assinaram o contrato. Agricultor igualmente da localidade de Linha Branca, ele revelou que tinha planos de construir, mas que isso certamente não aconteceria tão cedo. Atualmente ele mora com a mulher Claci e dois filhos em uma casa de propriedade do sogro. “Isto veio em boa hora. Meu irmão, que é pedreiro, vai fazer o trabalho”, adiantou.

Demanda
Este é o segundo projeto de habitação rural viabilizado pela Cooperhab em Sinimbu. A entidade nascida em Sarandi e há quatro anos no município já tem em fase de conclusão 17 casas de uma primeira experiência. A demanda por moradia entre seus associados, a maioria famílias de baixa renda e de pequenas propriedades, fez com que a cooperativa buscasse meios para auxiliá-los. “Estamos usando os recursos públicos que existem para esta finalidade”, ressaltou o presidente, Seno Zitzke. “Moradia representa a dignidade de uma família. É isto que nos move”, acrescentou seu futuro sucessor no cargo, João Valdomiro do Nascimento, sem esquecer de destacar ainda a injeção de dinheiro que estas obras irão efetuar na economia de Sinimbu.

O início da construção das unidades habitacionais está previsto para o mês de maio e a conclusão deve ocorrer em 10 meses. Segundo o assessor da Cooperhab, que desenvolveu o projeto e irá vistoriar sua execução, arquiteto Alvaro Pedrotti, todos os beneficiados têm o dever de fazer sua parte da melhor forma possível, tanto na construção quanto posteriormente na manutenção destas casas, para que o projeto, quando for analisado, mostre-se bem-sucedido e sirva de modelo para outros mais. “O que estamos fazendo aqui só é viável porque outros já fizeram, e fizeram bem”, disse ele. Sua observação referiu-se às experiências pioneiras iniciadas em 2001 no Estado e intensificadas a partir de 2003 em todo o País.

As casas terão 39,6 metros quadrados com dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro e prevêem a possibilidade de ampliação. A solenidade de assinatura dos contratos ocorreu na sede da Cooperhab e contou, além das famílias beneficiadas, com diversos convidados, entre eles, autoridades municipais. 

(Por Simoni Gollmann, Gazeta do Sul, 31/03/2008)


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