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biocombustíveis biodiesel
2008-03-31
O Estado de Santa Catarina tem grande vocação agroindustrial centrada na produção de aves e suínos e seus derivados.  Através do processo de industrialização, gera a produção de resíduos gordurosos com diversas aplicações, entre elas, a transformação em combustível, numa iniciativa ainda incipiente mas de alto potencial.

No caso do biodiesel, que poderá ter múltipla aplicação, seja para substituir o óleo diesel para uso veicular ou para uso industrial, empresários e investidores acreditam que, para incentivar a produção e melhorar a competitividade, se faz necessário uma desoneração fiscal de toda a cadeia de produção.

- Com estímulo e desoneração do biodiesel que tenha as gorduras vegetal e animal como fonte de matéria-prima, Santa Catarina pode desenvolver um pólo de produção de biocombustíveis mais ligado a sua natural vocação econômica - destaca Pedro Benur Bohrer, consultor técnico.

Para o vice-presidente da Federação da Agricultura de SC (Faesc), Enori Barbieri, através das oleaginosas, que também produzem biodiesel, o Estado não vai conseguir um preço bom porque 90% das propriedades têm menos de 50 hectares.

- Para ser viável, seria necessária uma produção em escala que não há como ser desenvolvida em Santa Catarina pelas características da propriedade rural do Estado.  Santa Catarina nunca será um grande produtor de biocombustíveis, até porque não tem clima para produção de cana - explica.

Enquanto um hectare de cana em São Paulo rende até 10 mil litros de álcool, no mesmo terreno em Santa Catarina são produzidos apenas 5 mil litros.

- Além disso, existe um entrave no sistema monopolizado da Petrobras, que proíbe a comercialização.  Tudo tem que ser entregue para ela.

Barbieri aposta no potencial das usinas de biomassa, através de dejetos e gordura animal.  SC produz 700 mil toneladas de carne suína por ano, 25% da produção nacional e três milhões de toneladas de frango, 33% da produção nacional.

- Ou seja, resíduo de gordura animal não vai faltar e será uma alternativa de solução ambiental para o Oeste - alerta.

O próprio Barbieri tem um projeto para instalação de usina de 30 megawatts através da queima de maravalha, separada dos dejetos dos suínos.  Em Mafra, existe outra iniciativa para aproveitamento dos cavacos da sobra de pinus.

Biodigestores ganham força

Estudos ambientais para garantir destino aos dejetos de suínos e aves e resolver um dos principais problemas do Oeste catarinense estão avançando.  Na Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia, o pesquisador Airton Kunz desenvolve uma estação de tratamento que produz combustível para queima, além do aprimoramento dos biodigestores, equipamentos que transformam os dejetos em biogás.

A biodigestão anaeróbia é um processo conhecido e empregado para a produção de biogás para conversão em energia de cozimento, iluminação e como biofertilizante, muito popular em países como China e Índia.  Em SC, pequenas propriedades rurais utilizam biodigestores e contribuem para a racionalização do uso da energia elétrica.

Segundo o pesquisador, o interesse pelo biogás se intensificou nas décadas de 1970 e 1980, mas vários fatores, como falta de conhecimento tecnológico, custo de implantação e disponibilidade, à época, de energia e GLP a baixo custo, foram responsáveis pelo insucesso do programa.

Kunz explica em seu estudo que, passados 30 anos e com os recursos energéticos se esgotando, os biodigestores ressurgem como alternativa aos produtores graças à disponibilidade de novos materiais de construção e maior dependência da energia elétrica em função do aumento da escala de produção e do aumento dos custos com o insumo energético.

- Apesar dos avanços, incorremos nos mesmos erros do passado, com falta de assistência técnica e desconhecimento de que a fermentação anaeróbia é um processo sensível, em função da decomposição biológica da matéria orgânica.  A percepção de que grandes volumes de biodigestores produzem altas quantidades de biogás também nem sempre é verdadeira - explica o estudo.

O metano, principal componente do biogás, não tem cheiro, cor ou sabor, mas outros gases presentes conferem um ligeiro odor de vinagre ou ovo podre.  No emprego do biogás como combustível deve-se estabelecer entre ele e o ar uma relação que permita a combustão integral.

(Diário Catarinense, 30/03/2008)

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