Os trabalhos para o resgate de 64 mineradores presos desde sexta-feira (28/03) em uma jazida de tanzanita no norte da Tanzânia foram retomados no domingo, informaram as autoridades. Na sexta-feira, as fortes chuvas dos dias anteriores inundaram várias galerias e provocaram o soterramento de alguns túneis da mina, impedindo a saída dos trabalhadores.
Até ontem, sete corpos já tinham sido recolhidos da jazida. Mas esse número deve aumentar nas próximas horas, já que há poucas chances de serem encontrados sobreviventes. O presidente da Associação de Mineradores local, Zaphania Mgaya, divulgou na noite de sábado os nomes das 64 pessoas que ainda estão presas nas galerias.
Segundo ele, o grupo está distribuído em seis fossos próximos. Dos sete corpos recolhidos, cinco deles foram tirados de um poço no qual estavam trabalhando oito pessoas. A localização exata dos outros mineradores ainda não foi determinada. Os trabalhos foram dificultados pela falta de recursos para reverter a inundação dos poços e das galerias.
Legisladores e líderes do setor pediram ao governo que envie militares para ajudar nos trabalhos de resgate. As autoridades já pediram à companhia sul-africana Afgem, outra exploradora de tanzanita na localidade de Mererani, que auxilie na drenagem da água dos poços, com cerca de mil metros de profundidade.
A tanzanita, só encontrada na Tanzânia, é uma pedra semipreciosa de três cores descoberta nas jazidas da região em 1967. Freqüentemente, a gema é extraída de modo primitivo e sem as devidas medidas de segurança.
(Efe, Folha Online, 31/03/2008)