Governo municipal alega não ter sido consultado sobre as modificações
O novo sistema de acesso ao Cristo Redentor, inaugurado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já é alvo de críticas e protestos.
O governo municipal alega não ter sido consultado sobre as modificações. Já motoristas de vans que não foram credenciados para fazer o transporte reclamam e protestam por não poder oferecer o serviço.
Pelo novo sistema, os visitantes pagarão R$ 13 pelo bilhete com direito a transporte de ida e volta, da Estrada das Paineiras até o platô inferior do Monumento do Cristo Redentor. Um total de 12 vans fará a ligação com o alto do Corcovado. Ficará proibida a circulação de veículos particulares, motocicletas, táxis, vans e demais veículos de turismo pela estrada que dá acesso ao Corcovado. Apenas os veículos contratados pelo Ibama, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio - unidade gestora do Parque Nacional da Tijuca), terão autorização para circular pela área.
O secretário municipal de Turismo, Rubens Medina, encaminhou carta à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, solicitando o adiamento da cobrança do pedágio, uma vez que o novo sistema foi criado pelo Ibama sem que as autoridades municipais fossem ouvidas. Ele alegou que o estacionamento de acesso às vans que levarão os turistas ao Cristo só possui 50 vagas.
A alegação foi contestada pelo superintendente do Ibama no Rio de Janeiro, Rogério Rocco. Segundo ele, existem hoje nas Paineiras cerca de 200 vagas operadas pelo sistema Vaga Certa.
– Este sistema é concedido pela prefeitura e se alguém informou a existência de apenas 50 vagas deveria se informar melhor na própria prefeitura sobre a concessão que eles fizeram para o Vaga Certa – recomendou Rocco.
Sobre as reclamações dos motoristas de vans que ficaram de fora do transporte de turistas, Rocco foi categórico.
– O processo de licitação é um processo público. Quem tem condições de participar o fez. Fizemos a escolha pelo menor preço e temos a certeza de que fizemos o melhor para a sociedade. Evidentemente que, quem perde, sempre vai reclamar. Assim como também está insatisfeito e vai reclamar quem opera na ilegalidade – disse Rocco.
(ClicRBS, 28/03/2008)